Carregando balões amarelos, em referência a uma fotografia de Ágatha, faziam críticas às operações policiais
na comunidade
Por: Folhapress

Protesto no Rio de JaneiroFoto: Carl de Souza / AFP
Moradores do complexo do Alemão
realizaram neste domingo (22) novo protesto contra a morte de Ágatha Félix, baleada na sexta
(20) à noite quando voltava para a casa em
uma kombi.
Eles iniciaram o protesto na localidade do Itararé e caminharam até o local onde o corpo de Ágatha estava sendo velado, em Inhaúma, zona norte da cidade.
Carregando balões amarelos, em referência a uma fotografia de Ágatha, faziam críticas às operações policiais na comunidade. Carregavam uma faixa escrita "parem de nos matar". "Somos moradores e não temos culpa dessa política de segurança que não funciona na comunidade, que tem tirado mais vidas do que preservado", discursou o mototaxista Marcos Henrique Nascimento Lopes, 39, cobrando mudanças na polícia de segurança.
Eles iniciaram o protesto na localidade do Itararé e caminharam até o local onde o corpo de Ágatha estava sendo velado, em Inhaúma, zona norte da cidade.
Carregando balões amarelos, em referência a uma fotografia de Ágatha, faziam críticas às operações policiais na comunidade. Carregavam uma faixa escrita "parem de nos matar". "Somos moradores e não temos culpa dessa política de segurança que não funciona na comunidade, que tem tirado mais vidas do que preservado", discursou o mototaxista Marcos Henrique Nascimento Lopes, 39, cobrando mudanças na polícia de segurança.
"Reconhecer o erro não é vergonha. Vergonha é insistir no erro",
defendeu. "De que adianta matar um bandido e dez pessoas do bem? Eles têm
que ter esse entendimento para raciocinar." Pai de uma menina de oito anos, mesma idade de Ágatha, ele disse que o protesto
é pelo fim dos tiroteios.
"Ela fica desesperada quando tem operação na comunidade. É muito tiro, parece que tem tiro dentro de casa."
Marilene dos Santos Carvalho Valadares, 56, disse que as crianças perderam a liberdade de ir e vir dentro da comunidade.
"Estão matando nossas crianças. Eu tenho um neto de dez anos e nem sei o que faria se acontecesse isso com ele. Acho que vou para aquele buraco junto com ele."
A manifestação contou com apoio de moradores de outras regiões da cidade, como o ator Fábio Assunção. "Não dá para ir mais para baixo do que isso", disse. "A sociedade tem que se posicionar", defendeu.
Representante da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, o advogado Rodrigo Mondego reclamou do posicionamento do governo estadual no caso –a Polícia Militar disse que houve confronto no momento em que Ágatha foi baleada, mas parentes negam.
"Existe um corporativismo muito grande, que nega óbvio. As pessoas dizem que foi um tiro mas eles negam categoricamente o que as testemunhas viram", afirmou.
"Ela fica desesperada quando tem operação na comunidade. É muito tiro, parece que tem tiro dentro de casa."
Marilene dos Santos Carvalho Valadares, 56, disse que as crianças perderam a liberdade de ir e vir dentro da comunidade.
"Estão matando nossas crianças. Eu tenho um neto de dez anos e nem sei o que faria se acontecesse isso com ele. Acho que vou para aquele buraco junto com ele."
A manifestação contou com apoio de moradores de outras regiões da cidade, como o ator Fábio Assunção. "Não dá para ir mais para baixo do que isso", disse. "A sociedade tem que se posicionar", defendeu.
Representante da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, o advogado Rodrigo Mondego reclamou do posicionamento do governo estadual no caso –a Polícia Militar disse que houve confronto no momento em que Ágatha foi baleada, mas parentes negam.
"Existe um corporativismo muito grande, que nega óbvio. As pessoas dizem que foi um tiro mas eles negam categoricamente o que as testemunhas viram", afirmou.
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