Em entrevista à TV Record, Jair Bolsonaro (PSL) reconheceu a possibilidade de demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno (PSL), envolvido em esquema de candidaturas laranja e em desvio de verba partidária dentro do PSL. Bolsonaro disse que determinou a Polícia Federal - órgão submetido ao Ministério da Justiça de Sérgio Moro - a abertura de investigação contra Bebianno e ressaltou que Moro tem "carta branca para apurar qualquer caso de crme contra corrupção e lavagem de dinheiro."
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relembra que "a revelação do esquema de candidaturas laranjas do PSL (...) provocou uma crise no governo de Jair Bolsonaro, alavancada pelo ataque nesta quarta do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, a Bebianno. Carlos disse em rede social que o ministro mentiu ao afirmar que havia conversado três vezes com Bolsonaro —numa tentativa de negar a informação de que seria alvo de desgaste. Mais tarde, Carlos divulgou um áudio no qual o presidente da República se recusa a conversar com Bebianno: 'Gustavo, está complicado eu conversar ainda, então não vou falar com ninguém, a não ser o estritamente essencial'."
A matéria ainda destaca que "o próprio presidente endossou o ataque do filho ao ministro à noite, quando compartilhou a postagem. Na entrevista à Record, Bolsonaro também negou ter debatido com Bebianno. 'Em nenhum momento conversei com ele'."
O jornal traz mais uma informação sensível, a de que Bolonaro "esperava que Bebianno pedisse demissão já no começo de quarta, para que saísse do hospital onde esteve internado em São Paulo e chegasse à tarde a Brasília com um trunfo para conter os impactos do caso. O ministro, porém, disse que não pretende se demitir e que aguarda pelo presidente. Bolsonaro evitou generalizar a crise envolvendo o PSL. 'É uma minoria do partido que está envolvida nesse tipo de operação'." 247
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