O Instituto Lula divulgou um comunicado neste domingo 23 destacando que a previdência privada mantida pelo ex-presidente com recursos de suas palestras, e bloqueada pelo juiz Sergio Moro na semana passada, tem origem 100% lícita.
O texto informa que a realização de cada uma das 72 palestras para 45 instituições e empresas realizadas pelo ex-presidente entre 2011 e 2014, depois de deixar a presidência e de ser funcionário público, "foi comprovada ao Ministério Público Federal".
Em 2014, quando tinha 68 anos, Lula decidiu aplicar parte dos recursos de sua empresa de palestras em um plano de previdência privada, que tem como beneficiários seus filhos.
"São os cerca de R$ 7 milhões bloqueados na Brasilprev. Um outro plano também bloqueado, no valor de R$ 1,8 milhão, tinha como beneficiária a esposa de Lula, Marisa Letícia, falecida esse ano. Tudo dentro da lei, e feito com toda a documentação", finaliza o texto.
Confira aqui o relatório de palestras divulgado pelo Instituto Lula.
Abaixo, o comunicado:
Entre 2011 e 2014, depois de deixar a presidência e deixar de ser funcionário público, Lula realizou 72 palestras para 45 instituições e empresas de diversos setores econômicos, nacionais e estrangeiras, como a Microsoft, Iberdrola, Telmex, Nestlé e Bank of América. Teve palestra no Museu de História Natural em Londres e na Biblioteca do Congresso Americano, em Washington. No Brasil, além de grandes bancos e construtoras, a Infoglobo, do Grupo Globo, contratou a LILS para uma palestra de Lula na Associação Comercial do Rio de Janeiro, pagando o mesmo valor por palestra que todas as outras empresas.
A realização de cada uma dessas palestras foi comprovada ao Ministério Público Federal por meio de fotos, vídeos e registros na imprensa, além de ter sido confirmada em depoimentos à Justiça por vários contratantes. Relatório com lista e relação de palestras já foi publicado há muito tempo na internet.
Lula poderia ter feito muito mais palestras profissionais do que fez, mas abriu mão de diversos convites pagos para falar, gratuitamente, para sindicatos, movimentos sociais, organizações multilaterais e governamentais, sobre temas como o combate a fome, integração continental e cooperação para o desenvolvimento e a paz mundial. Participou de atividades, gratuitamente, em países como Etiópia e Malauí, dentro da missão de promover políticas públicas de combate à pobreza e à fome.
Em 2014, quando tinha 68 anos de idade, e depois de um câncer, Lula decidiu aplicar parte dos recursos da LILS em um plano de previdência privada (PGBL), que tem como beneficiários seus filhos, que não são bilionários nem donos da Friboi. São os cerca de R$ 7 milhões bloqueados na Brasilprev. Um outro plano também bloqueado, no valor de R$ 1,8 milhão, tinha como beneficiária a esposa de Lula, Marisa Letícia, falecida esse ano.
Tudo dentro da lei, e feito com toda a documentação. (247).
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