Um dia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dar a Michel Temer sobrevida para continuar na presidência da República, o ex-presidente Lula fez um discurso contundente neste sábado, e afirmou que "as instituições sofrem de falta de credibilidade" e que "o país passa por uma profunda crise econômica, moral e ética".
Presente ao ao evento de posse do novo diretório do PT em São Paulo, Lula disse que "neste instante, o Brasil está precisando do PT". "Nunca o Brasil precisou tanto do PT como está precisando agora", disse o ex-presidente em discurso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
"Nós sabemos como fazer a economia crescer, como criar emprego", disse Lula, pedindo que seus correligionários mostrem à população as realizações das administrações do partido. "Haverá um dia que a gente vai se dar conta do que foi o PT".
Segundo Lula, o partido mostra "que é possível uma alternativa econômica, cultural, ambiental". "Porque quando a gente chegar lá, a gente vai ter que desfazer tudo o que eles estão fazendo. Vamos falar para o povo brasileiro que nós sabemos como fazer as coisas".
Lula brincou a respeito dos processos que responde na Justiça, e disse que pensa em fazer delação ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. "Eu estou quase falando: 'Moro, meu amigo Moro, o Joesley disse que eu tenho US$ 82 milhões. Se você quiser que eu faça uma delaçãozinha e você me der US$ 41 milhões, eu faço. O primeiro que eu entrego é ele. E aí vou lá para o tríplex".
Candidatura em 2018
O ex-presidente disse que os adversários ficam "irritados" com pesquisas que mostram que ele tem chances de voltar ao Planalto. "E eles, que transmitiram ódio durante todos esses anos, não estão colhendo Aécio, FHC, Serra nem Alckmin. Estão colhendo o Bolsonaro (PSC-RJ), subproduto do ódio que lançaram contra o PT. Agora, são eles que têm vergonha de colocar aquela camisa verde-amarelo quando se diziam ser brasileiros e nós não".
Lula ironizou a situação de Aécio, que foi afastado do Senado e está prestes a ser preso. "O Aécio não faz discurso mais? Não está nem no Senado? E eu estou aqui. Eles desapareceram e eu estou aqui".
Ele ainda cutucou o prefeito João Doria (PSDB), um de seus críticos mais veementes, ao citar ações na cracolândia. "Essas pessoas não podem ser tratadas como caso de polícia, elas são dependentes".
Ele brincou dizendo que colocará em seu nome o termo "Lulinha paz e amor" pelo qual ficou conhecido na eleição presidencial de 2002, a primeira que venceu depois de três tentativas. (247).
Blog do BILL NOTICIAS