O empresário Joesley Batista revelou, em delação premiada à Procuradoria Geral da República, ter pago R$ 5 milhões a três deputados federais que votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff em abril de 2016.
A revelação comprova desvio de finalidade no impeachment, como tem sido apontado desde o início pelo ex-ministro José Eduardo Cardozo, que defendeu Dilma no processo.
A delação da JBS aponta ainda o repasse de propina no valor de R$ 15 milhões a Michel Temer e a compra do votos de deputados também na eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara, em 2015, com R$ 30 milhões.
Em declaração ao 247 nesta quinta-feira 18, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) declarou que o áudio de Joesley com Temer revelando a compra do silêncio de Eduardo Cunha comprovava que o impeachment de Dilma também havia sido comprado.
Para o deputado, o impeachment foi comprado em três fases: no período eleitoral, quando Cunha, com Temer, comprou uma bancada com dinheiro da Odebrecht; no momento da eleição de Cunha à presidência da Câmara e no momento da votação do impeachment efetivamente.
Nesta sexta, após a denúncia efetiva sobre a compra de votos, o parlamentar cobrou um posicionamento do STF. "O Supremo tem que se posicionar sobre a anulação do impeachment", declarou.(247).
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