A
presidenta Dilma Rousseff disse hoje (8) que a situação da seca no
Nordeste e no norte de Minas Gerais permanece grave. Segundo ela, o
governo está investindo um total de R$ 32 bilhões nas chamadas obras
estruturantes, que garantem o abastecimento de água de forma definitiva,
como barragens, canais, adutoras e estações elevatórias.
No programa semanal de rádio Café com a
Presidenta, ela lembrou que, na semana passada, o governo federal
anunciou também a ampliação de ações emergenciais para combater a seca
na região. Em reunião com governadores em Fortaleza, Dilma anunciou mais
R$ 9 bilhões em ações de enfrentamento à estiagem.
“Esta seca é a maior dos últimos 50 anos
e já atingiu mais de 1.415 municípios. O governo federal não vai
permitir que o povo do Semiárido e de todo o Nordeste fique desamparado.
Enquanto houver seca, nós vamos agir. Vamos acelerar as obras
estruturantes, vamos acelerar as ações emergenciais para ajudar a
população a enfrentar todas as dificuldades.”
A previsão é que cada município atingido
receba uma retroescavadeira, uma motoniveladora, dois caminhões (um
caminhão-caçamba e um caminhão-pipa) e uma pá-carregadeira. O governo
vai fornecer também 340 mil toneladas de milho nos meses de abril e maio
para serem vendidas a preço subsidiado para os produtores.
“E, daí para frente, enquanto a seca
durar, nós vamos colocar 160 mil toneladas a cada mês. Nós vendemos esse
milho a um preço muito subsidiado, a um preço de R$ 18 a saca, que é
muito abaixo do preço praticado pelo mercado. Para que esse milho chegue
rapidamente a quem precisa, ele vai por mar até o Nordeste, até os
portos nordestinos. E, a partir daí, cada governador se encarrega da
distribuição.”
Dilma ressaltou que a seca prolongada
prejudica a economia dos municípios mais afetados. Ela destacou ações já
anunciadas pelo governo como a criação de uma linha de crédito
especial, com juros mais baixos, para apoiar os produtores rurais, o
comércio e as pequenas e médias empresas dessas localidades.
“Nós liberamos R$ 2,4 bilhões e agora
nós estamos liberando mais R$ 350 milhões justamente para esse crédito
emergencial, para toda atividade produtiva na região do Semiárido.”,
explicou. Outra medida citada pela presidenta consiste em renegociar as
dívidas dos agricultores do Semiárido, prorrogando por dez anos o prazo
para pagamento de empréstimos.
“O Nordeste foi a região do nosso país
que mais cresceu nos últimos anos e faremos tudo para não deixar que
essas conquistas alcançadas nos últimos dez anos se percam. Agora, nosso
desafio é garantir segurança hídrica e segurança produtiva à população
do Semiárido”, acrescentou. (Agência Brasil)
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