sábado, 9 de maio de 2020

FLORESTA - Desmatamento na Amazônia brasileira bate recorde

                         Por: AFP
Desmatamento localizado em Porto Velho, em Rondônia. em área de floresta Amazônica. (Foto: CARL DE SOUZA / AFP)
Desmatamento localizado em Porto Velho, em Rondônia. em área de floresta Amazônica. (Foto: CARL DE SOUZA / AFP)

O desmatamento na Amazônia brasileira atingiu um novo recorde nos primeiros quatro meses do ano, de acordo com dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (8), que revelam uma tendência preocupante após os incêndios que proliferaram na região em 2019. 

Entre janeiro e abril, 1.202 km2 de floresta foram devastados, segundo dados baseados em imagens de satélite do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do governo. 

Isso significa um aumento de 55% em relação ao mesmo período do ano passado e é o número mais alto para o período de janeiro a abril desde 2016, quando as medições foram iniciadas. Esses dados novamente questionam a política do presidente Jair Bolsonaro em relação à proteção da maior floresta do planeta, que o Brasil abriga 60%. 

Em relação às mudanças climáticas, Bolsonaro foi criticado pela comunidade internacional por minimizar os incêndios que atingiram a região entre maio e outubro. 

Somente em 2019, os incêndios contribuíram para a destruição de 10.123 km2 de floresta na Amazônia brasileira, ultrapassando a marca de 10.000 km2 pela primeira vez desde 2008. A tendência para 2020 é ainda mais preocupante porque o período de incêndios começa em maio, com o início da estação seca.

O desmatamento é causado em grande parte por madeireiros ilegais além da mineração e agricultura em áreas protegidas. Depois de derrubar as árvores, os invasores usam o fogo para limpar a área. 

Bolsonaro pretende abrir mais regiões protegidas à atividade econômica, argumentando que os povos indígenas devem poder explorar economicamente suas terras ancestrais. 

Na quinta-feira, ele assinou um decreto autorizando as Forças Armadas a combater incêndios e supervisionar o trabalho de agências ambientais entre 11 de maio e 10 de junho. Os ambientalistas argumentam que seria melhor aumentar o orçamento e o número de funcionários em agências ambientais.




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