terça-feira, 28 de abril de 2020

Estudo dos EUA diz que luz do sol mata vírus mais rápido

Cientistas descobriram que os raios ultravioletas impactam na redução do tempo de vída do novo coronavírus

                 Por: AFP
Estados Unidos durante o verão
Estados Unidos durante o verãoFoto: Divulgação
Um novo estudo anunciado por uma autoridade dos Estados Unidos, na última quinta-feira (23), indicou que a luz do sol teria o poder de destruir rapidamente o novo coronavírus.

A informação foi passada junto com a esperança de que a propagação do vírus possa diminuir quando houver a chegada do verão no continente.

William Bryan, consultor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Interna dos EUA, disse a repórteres na Casa Branca que cientistas do governo descobriram que os raios ultravioletas têm um impacto potente.
"Nossa observação mais impressionante até o momento é o poderoso efeito que a luz solar parece ter sobre a morte do vírus, tanto na superfície quanto no ar", disse ele.

"Vimos um efeito semelhante tanto com a temperatura quanto com a umidade, o aumento da temperatura ou da umidade ou ambas é geralmente menos favorável ao vírus."

Ele então mostrou um slide resumindo os resultados do experimento realizado no Centro Nacional de Análise e Contramedidas da Biodefesa.

Ele mostrou que a meia-vida do vírus - o tempo necessário para reduzir sua quantidade à metade - foi de 18 horas quando a temperatura estava de 21 a 24 graus Celsius, com uma umidade de 20% em uma superfície não porosa. Isso inclui superfícies como maçanetas e aço inoxidável. Mas a meia-vida caiu para seis horas quando a umidade subiu para 80% - e apenas dois minutos quando a luz solar foi adicionada à equação.

Quando o vírus foi suspenso no ar, em aerossol, a meia-vida foi de uma hora com temperatura entre 21 e 24 graus Celsius e 20% de umidade. Na presença da luz do sol, o tempo caiu para apenas um minuto e meio.

Bryan concluiu que as condições do verão "criarão um ambiente com uma transmissão que pode ser reduzida". Mas ele alertou que a propagação reduzida não significa que o patógeno seria eliminado completamente e que as medidas de distanciamento social não podem ser totalmente levantadas.

"Seria irresponsável dizer que percebemos que o verão matará totalmente o vírus e que as pessoas poderiam ignoram essas diretrizes", afirmou.





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