segunda-feira, 30 de março de 2020

Argentina prolonga quarentena obrigatória até 12 de abril

Apenas os profissionais da saúde, da alimentação, da distribuição de combustível estão fora da quarentena. Jornalistas precisam de permissão 
especial para cada cobertura

                       Por: Folhapress
Com epidemia do coronavírus, supermercados de Buenos Aires estão de prateleiras vazias
Com epidemia do coronavírus, supermercados de Buenos Aires estão de prateleiras vaziasFoto: RONALDO SCHEMIDT / AFP

Depois de uma reunião de mais de oito horas em que conversou com ministros, governadores e as equipes de saúde e de economia (muitos por teleconferência), o presidente argentino, Alberto Fernández, disse que a quarentena para conter o avanço do coronavírus será ampliada, a princípio, até a Páscoa, em 12 de abril.
Nesta data, será reavaliada a medida e, se for necessário, pode haver nova ampliação.

A quarentena obrigatória permite que as pessoas saiam apenas para fazer compras de alimentos e de itens nas farmácias. Mais de 6.000 pessoas já foram processadas por descumprir a medida.

Apenas os profissionais da saúde, da alimentação, da distribuição de combustível estão fora da quarentena. Jornalistas precisam de permissão especial para cada cobertura.

Também seguem fechadas as fronteiras aéreas, marítimas e terrestres, até segunda ordem, e continuam as restrições para o transporte público.

Fernández disse que o balanço realizado sobre a quarentena até agora é positivo e que a Argentina está realizando uma experiência que disse ser inédita no mundo. "Implementamos uma quarentena estrita logo que os primeiros casos ocorreram em nosso país e estamos tendo bons resultados diante dessa ameaça".

Disse também que o tempo que se está ganhando com a quarentena diminuirá o impacto da epidemia quando o pico da doença chegar ao país.

Sobre a economia –também os bancos continuarão fechados até 12 de abril–, Fernández disse: "a economia se pode salvar, uma pessoa que morre, não".
De tarde, o ministro da Saúde, Ginés González García, afirmou que havia aconselhado que as medidas de restrição fossem mantidas até, pelo menos, o próximo dia 20 de abril.

"Nossas projeções estão mostrando que o pico da epidemia na Argentina, que prevíamos para o princípio de abril, agora pode ocorrer em maio. Isso é bom, é um sinal justamente do que queremos, achatar a curva, e que o pico seja mais baixo, com menos mortes".

Ele acrescentou que as medidas estão sendo tomadas com vantagem de tempo com relação a Espanha e Itália e que isso aponta que "cada dia que ganhamos, é um dia mais para capacitar o país".





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