Ex-prefeito de São Paulo atacou Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, relembrando declarações polêmicas da dupla.
Por: Folhapress
Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, na festa de 40 anos do PTFoto: Reprodução/Instagram
Em discurso na festa de 40 anos do PT, o ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado nas eleições presidenciais Fernando Haddad convocou os petistas para ir às ruas defender o legado do partido.
"É hora de ir para a rua defender esse partido, defender esse legado e botar esses fascistas para correr", disse Haddad atacou neste sábado (8), em evento na Fundição Progresso, no centro do Rio de Janeiro.
"Se a gente ficar com medo de fake news, medo de rede social, medo de fascista, eles vão avançar. Se a gente mostrar a garra que a gente teve, eles vão recuar. E o país volta a ser governado por gente decente", afirmou Haddad.
"É hora de ir para a rua defender esse partido, defender esse legado e botar esses fascistas para correr", disse Haddad atacou neste sábado (8), em evento na Fundição Progresso, no centro do Rio de Janeiro.
"Se a gente ficar com medo de fake news, medo de rede social, medo de fascista, eles vão avançar. Se a gente mostrar a garra que a gente teve, eles vão recuar. E o país volta a ser governado por gente decente", afirmou Haddad.
Em quase 13 minutos no palco, Haddad atacou Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, relembrando declarações polêmicas da dupla.
"Estão barbarizando a sociedade. Estamos nos tornando bárbaros sem perceber o que esses caras estão fazendo. Um presidente da República falar que o soropositivo custa para o país? Quem custa é ele! O maior custo que esse país tem é o Bolsonaro!", discursou o ex-prefeito.
Fernando Haddad fez referência a uma afirmação do presidente na quarta (5), quando disse que uma pessoa com HIV –vírus da Aids– representa "uma despesa para todos no Brasil".
"Todo dia tem alguém sendo ofendido. Uma hora é a mulher do presidente da França, que é mais velha que ele. Ele é democrático na ofensa, ofende todo mundo. Menos os seus correligionários covardes", disse Haddad, lembrando também de entrevero de Bolsonaro com a primeira-dama da França, Brigitte Macron, ofendida pelo presidente do Brasil em agosto do ano passado.
O ex-prefeito de São Paulo ainda comentou episódio recente com o ministro Paulo Guedes, que nesta sexta (7), em defesa do projeto de emergência fiscal, comparou servidores públicos a parasitas, que estão matando o hospedeiro (o governo) ao receberem reajustes automáticos enquanto estados estão quebrados.
"Chamar servidor público de parasita? Um cara que ficou 28 anos na Câmara Federal e não aprovou um projeto? Um cara que rachava o dinheiro dos funcionários do gabinete para enriquecer às custas do dinheiro público e desviado? Esse cara tem coragem de chamar alguém de parasita? Um cara que vem do mercado financeiro e só lidou com especulação a vida inteira, nunca produziu um parafuso, vem chamar alguém de parasita?", atacou Haddad.
O político pediu clareza aos seguidores do partido daqui em diante. Citou dados do IBGE divulgados no ano passado, de que hoje os negros são maioria nas universidades, falou do papel de maior protagonismo da mulher na sociedade e questionou sobre qual será o discurso do PT no Brasil atual.
"Eu fico preocupado quando as pessoas me perguntam qual é o discurso do PT. Será que nós vamos continuar falando de negros, mulheres, LGBT, ou temos que focar nosso discurso na agenda econômica?", perguntou o candidato derrotado em 2018. "Esse partido nunca deixou nenhuma pauta importante para trás, pois sabe que democracia é tudo isso junto e acumulado. Quero ter todas essas discussões", concluiu.
O PT comemora seus 40 anos em evento de três dias no Rio de Janeiro, que teve início na sexta. No sábado, além de Haddad, discursam Manuela D'Ávila, Marcelo Freixo, Gleisi Hoffman, Celso Amorim e outros.
O momento mais aguardado do dia pelos petistas presentes no evento deve começar às 18h, quando o ex-presidente Lula tem um diálogo marcado com o ex-presidente do Uruguai José Mujica.
"Estão barbarizando a sociedade. Estamos nos tornando bárbaros sem perceber o que esses caras estão fazendo. Um presidente da República falar que o soropositivo custa para o país? Quem custa é ele! O maior custo que esse país tem é o Bolsonaro!", discursou o ex-prefeito.
Fernando Haddad fez referência a uma afirmação do presidente na quarta (5), quando disse que uma pessoa com HIV –vírus da Aids– representa "uma despesa para todos no Brasil".
"Todo dia tem alguém sendo ofendido. Uma hora é a mulher do presidente da França, que é mais velha que ele. Ele é democrático na ofensa, ofende todo mundo. Menos os seus correligionários covardes", disse Haddad, lembrando também de entrevero de Bolsonaro com a primeira-dama da França, Brigitte Macron, ofendida pelo presidente do Brasil em agosto do ano passado.
O ex-prefeito de São Paulo ainda comentou episódio recente com o ministro Paulo Guedes, que nesta sexta (7), em defesa do projeto de emergência fiscal, comparou servidores públicos a parasitas, que estão matando o hospedeiro (o governo) ao receberem reajustes automáticos enquanto estados estão quebrados.
"Chamar servidor público de parasita? Um cara que ficou 28 anos na Câmara Federal e não aprovou um projeto? Um cara que rachava o dinheiro dos funcionários do gabinete para enriquecer às custas do dinheiro público e desviado? Esse cara tem coragem de chamar alguém de parasita? Um cara que vem do mercado financeiro e só lidou com especulação a vida inteira, nunca produziu um parafuso, vem chamar alguém de parasita?", atacou Haddad.
O político pediu clareza aos seguidores do partido daqui em diante. Citou dados do IBGE divulgados no ano passado, de que hoje os negros são maioria nas universidades, falou do papel de maior protagonismo da mulher na sociedade e questionou sobre qual será o discurso do PT no Brasil atual.
"Eu fico preocupado quando as pessoas me perguntam qual é o discurso do PT. Será que nós vamos continuar falando de negros, mulheres, LGBT, ou temos que focar nosso discurso na agenda econômica?", perguntou o candidato derrotado em 2018. "Esse partido nunca deixou nenhuma pauta importante para trás, pois sabe que democracia é tudo isso junto e acumulado. Quero ter todas essas discussões", concluiu.
O PT comemora seus 40 anos em evento de três dias no Rio de Janeiro, que teve início na sexta. No sábado, além de Haddad, discursam Manuela D'Ávila, Marcelo Freixo, Gleisi Hoffman, Celso Amorim e outros.
O momento mais aguardado do dia pelos petistas presentes no evento deve começar às 18h, quando o ex-presidente Lula tem um diálogo marcado com o ex-presidente do Uruguai José Mujica.
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