Documento é inédito e orienta todo o cuidado ofertado no SUS para AVC, além de reunir protocolos de atendimento para profissionais de saúde e nortear a organização da rede em todo o país. Até o dia 10 de janeiro receberá contribuições
Via:Santanavinicius
O
Ministério da Saúde quer saber a sua opinião sobre a recém-criada Linha de
Cuidado do Adulto com Acidente Vascular Cerebral (AVC). A publicação é voltada
para pacientes, profissionais de saúde e gestores do SUS (Sistema Único de
Saúde) e reúne todas as informações relacionadas à doença, popularmente conhecida
como derrame. Por exemplo, apresenta quais são os sinais e sintomas, quais
serviços de saúde o cidadão deve procurar, o protocolo médico que deve ser
seguido, incluindo quais medicamentos devem ser administrados e como a rede em
saúde deve estar organizada. Até o próximo dia 10 de janeiro este documento
estará em consulta pública para receber sugestões, contribuições ou críticas
que o tornem ainda melhor.
As
contribuições podem ser enviadas por meio deste formulário eletrônico.
Esta
é a primeira linha de cuidado elaborada pelo Ministério da Saúde de um total de
22 previstos para serem criados nos próximos dois anos sobre as doenças mais
prevalentes na população e que mais fazem vítimas fatais.
Por
meio das linhas de cuidado, a ideia é orientar os cidadãos sobre os principais
sintomas, quando procurar um serviço de saúde e hábitos que podem ser adotados
como prevenção. Em relação aos profissionais de saúde, o documento apresenta
orientações conforme a área de atuação, desde a Atenção Primária (que é o
cuidado inicial), passando pelas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), Serviço
de Atendimento Móvel 192 (SAMU) e a rede hospitalar. Ou seja, aponta o que deve
ser feito pelos profissionais de saúde em cada serviço da rede público. E,
assim, orienta os gestores também na melhor organização da rede de saúde, com a
integração do SUS.
Os
temas das próximas Linhas de Cuidado são: hipertensão arterial sistêmica,
diabetes mellitus, obesidade, doença renal crônica, tabagismo, álcool,
depressão (risco de suicídio no adulto), ansiedade, insuficiência cardíaca, dor
torácica (diagnóstico diferencial da cardiopatia isquêmica), pré-natal, puericultura,
asma (no adulto e na criança), doença pulmonar obstrutiva crônica, tuberculose,
hepatites virais, HIV/Aids, demência, lombalgia, câncer de colo de útero e
câncer de mama.
LINHA DE
CUIDADO AVC
A
Linha de Cuidado do Adulto com Acidente Vascular Cerebral vai levar informação
aos usuários do SUS e apoiar o trabalho dos profissionais de saúde da Atenção
Primária e da Rede de Atenção à Saúde. O conteúdo tem informações relativas às
ações e atividades de prevenção, tratamento e reabilitação que são desenvolvidas
por equipe multidisciplinar em cada serviço de saúde.
Para
a construção da Linha de Cuidado do AVC, realizou-se levantamento de
protocolos, diretrizes e normas técnicas previamente estabelecidos pelo
Ministério da Saúde e pelas Secretarias de Saúde estaduais e municipais. Há uma
página específica para o paciente e outra para os gestores em saúde.
É
desenvolvida em formato digital, de acesso fácil e disponível no site do
Ministério da Saúde, em formato PDF, para consulta, download e
impressão. Assim, o conteúdo pode ser acessado pelo profissional de saúde, no
momento do atendimento ao paciente, ou pela população, a qualquer momento.
AVC: SEGUNDA
CAUSA DE MORTE
O
Acidente Vascular Cerebral está em segundo lugar entre as principais causas de
morte no Brasil, atrás apenas dos óbitos por doenças cardíacas isquêmicas. A
maioria dos casos pode ser prevenido. Em 2017, foram registrados 101,1 mil
óbitos por AVC. E, no anterior, em 2016 haviam sido registrados 102,9 mil
óbitos. No ano passado, foram registrados 197 mil atendimentos no SUS em
decorrência da doença.
O
SUS disponibiliza assistência integral e oferta 41 medicamentos gratuitos para
tratamento de problemas cardiovasculares, que incluem o AVC.
O
Acidente Vascular Cerebral ocorre quando os vasos que levam sangue ao cérebro
entopem ou se rompem, interrompendo a circulação sanguínea. Quanto mais rápido
o diagnóstico e tratamento, maiores serão as chances de recuperação. Os
principais sintomas são fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna,
confusão mental, alterações na fala, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita
e intensa.(Ministério da Saúde)
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