Ainda não há piquetes confirmados em outros estados e a categoria segue dividida pelo País
Por: Portal FolhaPE
CaminhoneirosFoto: Arthur Mota/ Folha de Pernambuco
Embora rumores
sobre uma nova greve dos caminhoneiros tenham
surgido há alguns dias nas redes sociais, Pernambuco não registra pontos de
bloqueio nas estradas federais nesta segunda-feira (16). A informação foi
confirmada ao Portal FolhaPE pela
Polícia Rodoviária Federal (PRF). Também não há piquetes confirmados em outros
estados, e a categoria segue dividida pelo País.
A mobilização para a possível movimentação teve início no último dia 8, quando um vídeo publicado pelo caminhoneiro Marconi França convocava a categoria a protestar contra os aumentos no preço do óleo diesel. Os boatos sobre a paralisação foram apoiados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL), instituição ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A mobilização para a possível movimentação teve início no último dia 8, quando um vídeo publicado pelo caminhoneiro Marconi França convocava a categoria a protestar contra os aumentos no preço do óleo diesel. Os boatos sobre a paralisação foram apoiados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL), instituição ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A CNTTL esperava
uma adesão de cerca de 70% dos 4,5 milhões de caminhoneiros autônomos e
celetistas. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a
Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), no entanto, emitiram notas
negando essa adesão da categoria.
Segundo a CNTA, o posicionamento dos profissionais nas redes sociais em relação
ao movimento grevista está sendo monitorado. "A CNTA reforça sua postura
em não apoiar movimentos com ligações políticas. Até o momento a entidade
desconhece dentro da sua base coligada qualquer movimentação para uma greve",
informou em nota. Ainda segundo a entidade, qualquer decisão oficial sobre
paralisação precisa de assembleias deliberativas como procedimento obrigatório
feito pelos sindicatos, além da pauta de reivindicação.
Já a Abcam esclareceu que não tem nenhuma negociação em aberto com a CUT e com
o Partido dos Trabalhadores (PT), ao contrário do divulgado por caminhoneiros
em grupos nas redes sociais. "Por ora, não nos posicionaremos, pois ainda
estamos lidando com o ônus judicial gerado pela paralisação de 2012, em São
Paulo e a paralisação nacional de 2018. Não mediremos esforços para garantir
melhores condições de trabalho para a categoria, seja com a criação de novas
políticas ou renovação das já existentes", acrescenta o texto da
Associação, publicado em seu site na última terça-feira (10).
O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Pernambuco
(Sintracape), Wilton Valença Nery, reforçou que não há registro de pontos de
paralisação nas rodovias do Estado e rechaçou a ligação política da movimentação.
"Após a paralisação do ano passado várias pseudo-lideranças apareceram. As
entidades que eu conheço e têm reconhecimento junto ao governo e junto à
categoria não estão envolvidas em nenhum tipo de paralisação. Essas novas
lideranças passaram a fazer essas movimentações sem legitimidade e para atingir
o governo", explicou.
Wilton reforçou que a categoria não vê motivos para deflagrar paralisações.
"A economia está sendo aquecida e estamos percebendo que as coisas estão
melhorando. A categoria vem tendo várias conquistas", acrescentou. "A
gente esperava que houvesse movimentos pontuais com cinco, seis ou dez
caminhões, porque é mais fácil de juntar, mas nem isso ocorreu. Nem aqui nem em
outros estados", finalizou o presidente do sindicato.
Blog do BILL NOTICIAS