A Câmara dos Deputados acaba de aprovar uma derrota, mais uma, para o governo Bolsonaro. Em especial para seu ministro da Justiça, Sergio Moro: por 228 votos a 210, decidiu manter o Coaf com o Ministério da Economia, retirando-o das mãos da pasta da Justiça de Moro.
É uma vitória do país, pois a proposta de um Conselho de Controle de Atividades Financeiras sob a gestão do Ministério da Justiça seria uma daquelas típicas jabuticabas brasileiras. Em qualquer economia capitalista séria mundo afora, o Coaf é gerido no Ministério da Economia, pois é um instrumento importante de política tributária. Através dele, pode-se aplicar medidas a favor de maior justiça na distribuição de impostos e contribuições, por exemplo.
Sob Moro, o Coaf seria transformado em instrumento de polícia política, algo típico de republiquetas de bananas. Acreditar que seria um mecanismo de combate à corrupção, como tentam vender as redes sociais bolsonarianas, é mais uma fakenews dessa turma. Primeiro porque suscita uma pergunta básica: quer dizer então que Paulo Guedes, o titular da Economia, será leniente no trato com os corruptos?
Mais importante que isso: Sergio Moro defende interesses político-partidários específicos, e que sabemos bem quais são. Por exemplo: o que ele faria ao descobrir movimentações financeiras "exóticas" ligadas a seu amigo Aécio Neves? O que faria, na mesma linha, com os grupos milicianos, sobretudo no estado do Rio, sabidamente ligados à família de seu chefe Jair Bolsonaro?
O Brasil não pode continuar aceitando a chantagem diária desse grupo que está jogando o país no buraco. Chega!
Essa derrota, mais uma, mostra a fraqueza e incompetência de Bolsonaro e seu governo. Que sirva também de estímulo para um 30M, na quinta da semana que vem, ainda maior que o já histórico 15M da semana passada, quando mais de 3 milhões de brasileiros foram às ruas contra os cortes criminosos na verba para a Educação.(Rogério - Correia Deputado Federal- MG)
Sempre na luta!
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