Novo valor, 18 mil bolívares, é suficiente para comprar dois quilos de carne
Por: Portal FolhaPE com AFP
Presidente da Venezuela, Nicolás MaduroFoto: Federico Parra/AFP
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, nesta segunda-feira (14), um aumento de 300% no salário mínimo do país, que vai passar de 4,5 mil para 18 mil bolívares mensais (19 dólares na nova taxa oficial e 6,5 dólares no mercado negro). O aumento, no entanto, acompanha uma depreciação de 9,18% da moeda local e o novo valor dá para comprar dois quilos de carne em um país afetado por uma hiperinflação que, segundo o FMI, alcançará 10.000.000% este ano.
O anúncio de Maduro - que prestou contas de sua primeira gestão - foi acompanhado da promessa de prosperidade e de potencializar a indústria petroleira em seu segundo mandato, embora vá aplicar o mesmo modelo econômico, ao qual especialistas atribuem o colapso do país.
Em um discurso de quatro horas na Assembleia Constituinte (situação), o chefe de Estado disse que aplicará "correções" em seu mandato 2019-2025, mas anunciou um novo aumento do salário mínimo e o fortalecimento do controle de preços, medidas reiteradas de sua política econômica.
O anúncio de Maduro - que prestou contas de sua primeira gestão - foi acompanhado da promessa de prosperidade e de potencializar a indústria petroleira em seu segundo mandato, embora vá aplicar o mesmo modelo econômico, ao qual especialistas atribuem o colapso do país.
Em um discurso de quatro horas na Assembleia Constituinte (situação), o chefe de Estado disse que aplicará "correções" em seu mandato 2019-2025, mas anunciou um novo aumento do salário mínimo e o fortalecimento do controle de preços, medidas reiteradas de sua política econômica.
Maduro iniciou seu novo governo na quinta-feira passada (10) em meio a uma profunda crise econômica, de uma ofensiva da oposição para tirá-lo do poder e do repúdio de grande parte da comunidade internacional, que o considera "ilegítimo" por considerar que sua reeleição foi fraudulenta.
"Este ano vai ser o da estabilização definitiva, produtiva e diversa da nossa economia", disse o presidente socialista, ao apresentar o relatório de sua gestão, com a faixa presidencial cruzada no peito. Em 2018, Maduro elevou o salário mínimo seis vezes, sem conseguir mitigar as angústias cotidianas.
Os venezuelanos vivem angustiados pela falta de comida, remédios, água, transporte e luz. Fugindo da crise, 2,3 milhões emigraram desde 2015, segundo a ONU.
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