quarta-feira, 20 de junho de 2018

MORO SOFRE DUAS DERROTAS FRAGOROSAS EM MENOS DE UMA SEMANA


Foram duas derrotas fragorosas de Sérgio Moro e sua Lava Jato no STF em menos de uma semana: na última quinta (14), por 6 votos a 5, o Supremo acabou com o terrorismo judicial das conduções coercitivas, cujo maior exemplo foi o verdadeiro sequestro de Lula pela Lava Jato em 4 março de 2016 e que se tornaria num dos ícones da operação; e ontem, por 5 a 0, a absolvição da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann da acusação de corrupção num processo que beirou o nonsense, mas se arrastou por quatro anos com uma campanha histérica da imprensa conservadora.
O veredito do presidente da Segunda Turma do STF ontem praticamente enterrou a indústria das delações premiadas criada em Curitiba: “São tantas as incongruências e inconsistências nas delações premiadas que elas se tornam imprestáveis para sustentar qualquer condenação”, disse Ricardo Lewandowski. Na sessão sobre as conduções coercitivas, o ministro Marco Aurélio desnudou o caráter arbitrário e violento da medida amplamente utilizada pela Lava jato: "Não há dúvida que a condução coercitiva implica cerceio à liberdade de ir e vir. Ocorre mediante a ato de força, praticado pelo Estado em razão de um mandado".
Ainda é cedo para estabelecer que o reinado da Lava Jato está liquidado. Depois de quatro anos de Lava Jato, o STF começa a dar os primeiros passos para frear os abusos denunciados por criminalistas e ativistas dos direitos humanos ao longo da operação. Mas o teste decisivo acontece no julgamento do recurso que pede a liberdade de Lula, no próximo dia 26.
Há reações estridentes das forças que sustentam a Lava Jato e o golpe de 2016. O Globo e Valor Econômico, jornais da família Marinho, abriram duas páginas hoje (20) para o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, com o objetivo de tentar salvar Sérgio Moro e a Lava Jato e pressionar o Supremo para que não liberte Lula no próximo dia 26 (leia aqui). Ao mesmo tempo, o jornal O Estado de S.Paulo lançou uma campanha de desinformação na qual procura confundir a CPI das Delações Premiadas como se fosse uma CPI da Lava Jato com o objetivo de impedir que o Congresso Nacional investigue o submundo das delações obtidas sob chantagem, tortura psicológica ou em troca de redução de penas e liberação de milhões e milhões de reais obtidos ilicitamente (aqui).(247).


Blog do BILL NOTICIAS

RS contabiliza meio milhão de pessoas afetadas pelas chuvas

  Dos 497 municípios, pelo menos 317 sofrem consequências dos temporais Lauro Alves/Secom As fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grand...