domingo, 22 de abril de 2018

Aécio colheu o que plantou



Quem semeia vento colhe tempestade, já dizia o provérbio. Pois é. Se o senador Aécio Neves (PSDB-MG) bebesse na sabedoria popular, hoje ele provavelmente seria o candidato do PSDB à presidência da República. Afinal, depois de ter batido na trave em 2014, bastaria a ele esperar para que sua vez chegasse. No entanto, afoito e impaciente, Aécio decidiu tumultuar o País, promovendo uma campanha de ódio para que sua adversária Dilma Rousseff não fosse diplomada, empossada ou para que não conseguisse governar. O resultado está aí para quem quiser ver. Milhões de desempregados, uma economia em marcha lenta e o governo mais impopular da história no poder. Para completar o quadro, Eduardo Cunha, parceiro do 'Mineirinho' nesta empreiteira, está condenado a mais de 15 anos de prisão e o próprio Aécio acaba de ser convertido em réu por corrupção e obstrução judicial.
A derrocada do PSDB era a consequência lógica de uma sanha moralista promovida por forças políticas que há décadas se alimentam do mesmo sistema que hoje apodrece a céu aberto. Aécio apostava na hipocrisia e na crença de que receberia um tratamento diferenciado por parte dos meios de comunicação e do Poder Judiciário – o que, embora verdadeiro, não lhe garantiu a blindagem absoluta. Desmoralizado, ele dificilmente conseguirá disputar a reeleição para o Senado e até mesmo uma eleição para deputado hoje parece arriscada. Se isso não bastasse, a presidente deposta Dilma Rousseff deverá se eleger senadora com uma votação histórica em Minas Gerais.
A questão que se coloca agora é o impacto que o fator Aécio provocará na candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin, cuja candidatura não decola nem mesmo em São Paulo. Um dos motivos, obviamente, é a dificuldade que o PSDB encontra para sustentar um discurso em nome da ética na política. Não apenas pelas lambanças de Aécio, mas também pela condenação em segunda instância do ex-governador mineiro Eduardo Azeredo, que já se aproxima, e também pelas acusações que rondam os tucanos em São Paulo, atingindo o tesoureiro Paulo Preto, o ex-governador José Serra e o próprio Alckmin.
Alguns poderão dizer que a situação dos tucanos é melhor porque, afinal de contas, o ex-presidente Lula está preso em Curitiba. Mais ou menos. Lula ainda tem mais de 30% nas pesquisas e cresce a percepção de que ele é vítima de uma injustiça ou, no mínimo, de um tratamento muito mais duro do Poder Judiciário. Enquanto isso, os nomes do PSDB, mesmo blindados, não saem do chão. O motivo para isso parece óbvio. No final das contas, a população é sábia e detesta um duplo padrão moral. Por isso mesmo, o senador Aécio Neves, que hoje não consegue sair nas ruas, está colhendo exatamente o que plantou no País.(247).

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