"O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, tem muito mais sorte do que o ex-governador Sérgio Cabral, o ex-deputado Eduardo Cunha, os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque e os marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Está perdido no cipoal de nomes? Todos eles foram presos pela Lava Jato porque tinham contas no exterior que receberam recursos de propina ou de caixa dois", ironiza o jornalista Mario Cesar Carvalho, em reportagem sobre os personagens com dinheiro na Suíça, pegos na operação.
A "sorte", no entanto, se deve ao fato de Paulo Preto ser tido como operador do PSDB, mais precisamente de José Serra e Aloysio Nunes, além de nomeado por Geraldo Alckmin. Em suas contas apareceram nada menos que R$ 120 milhões.
"Apesar da aparente tentativa de retirar o dinheiro de um país que tem congelado valores suspeitos, não houve pedido de prisão contra Souza. Procuradores de São Paulo dizem que não podem comentar o caso porque a investigação está em curso. O critério aplicado a Souza é um desvio no padrão da Lava Jato. Desde que a operação começou, em março de 2014, ao menos 11 pessoas foram presas por possuir ou movimentar contas na Suíça e outros paraísos fiscais", lembra o jornalista.
Em sua defesa, Paulo Preto defende que seu caso passe para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, para analisar se o caso é de competência da primeira instância ou daquela corte, por causa de menções ao ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e ao senador José Serra (PSDB),(247).
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