O juiz federal Sérgio Moro negou nesta terça-feira, 29, pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para incluir o advogado Rodrigo Tacla Duran entre suas testemunhas de defesa.
"A palavra de pessoa envolvida, em cognição sumária, em graves crimes e desacompanhada de provas de corroboração não é digna de crédito, como tem reiteradamente decidido este Juízo e as demais cortes de Justiça, ainda que possa receber momentâneo crédito por matérias jornalísticas descuidadas", criticou Moro no despacho em que negou o pedido da defesa de Lula.
No pedido, os advogados citam reportagens de autoria da colunista Mônica Bergamo, que contam que Duran escreve um livro em que acusa o advogado Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento de Moro, de tentar interferir junto à força-tarefa da operação Lava Jato para melhorar um acordo de delação premiada. Em troca, Zucolotto receberia dinheiro via caixa dois para distribuir a pessoas que colaborariam com o processo.
Na decisão, o magistrado destacou que, apesar de negar o pedido, não tem nenhuma objeção à investigação das acusações do advogado Rodrigo Taclan Duran envolvendo seu nome. "Mas não cabe fazê-lo nestes autos por motivos meramente protelatórios e duvidosos", disse Moro.
Leia a íntegra da decisão do juiz Sérgio Moro: (247).
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