Os
primeiros médicos cubanos que integram o programa do governo federal
Mais Médicos desembarcaram no Aeroporto Internacional de Recife, em
Pernambuco, por volta das 13h55 deste sábado (24). A chegada foi
confirmada pelo Ministério da Saúde, que desmentiu o boato de que os
profissionais tinham sido orientados pelo órgão a não falar com a
imprensa local.
Após a parada na capital pernambucana,
com o desembarque de alguns profissionais, o voo fretado seguiu para
Brasília, com pouso previsto para as 18h. Esse grupo é composto por 206
médicos cubanos.
No domingo (25), outro grupo de 194
médicos cubanos chega em voo que fará escalas em Fortaleza e Recife
antes de chegar a Salvador. Em Fortaleza, os profissionais desembarcam
no Aeroporto Internacional Pinto Martins às 13h20. Em Recife, eles
chegam às 16h05 no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre. E em
Salvador, os médicos desembarcam às 18h50 no Aeroporto Internacional
Deputado Luís Eduardo Magalhães.
Os cubanos, assim com os demais
profissionais estrangeiros, serão encaminhados para alojamentos
militares nas respectivas cidades. A chegada dos médicos de Cuba, no
entanto, tem gerado algumas polêmicas no país. Eles serão direcionados
para atuar nos 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum médico
na etapa de chamamento individual do programa, tanto de brasileiros
quanto de estrangeiros.
Uma delas está relacionada ao pagamento
desses profissionais. Ao contrário dos demais contratados do programa
Mais Médicos, os cubanos não receberão o salário integral de R$ 10 mil,
mas apenas uma parte deles – R$ 4.000, segundo o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha. O pagamento do Brasil é integral, mas os recursos são
repassados à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que paga ao
governo de Cuba e esse sim repassa apenas uma parte às famílias – que
ficam na ilha – e outra aos médicos em si.
Em tom de ameaça, representantes
regionais da classe médica rotularam de “ilegal” a atuação de
profissionais cubanos no Brasil e prometeram acionar a polícia quando
eles começarem a trabalhar no país. Presidentes de CRMs (Conselhos
Regionais de Medicina) também chamaram o programa de “afronta” e
disseram que eventuais erros cometidos por cubanos não serão corrigidos
por brasileiros.
A principal crítica da classe médica é a
dispensa aos estrangeiros do Revalida, exame de revalidação dos
diplomas obtidos no exterior. A AMB (Associação Médica Brasileira)
chegou inclusive a entrar com nova ação no Supremo Tribunal Federal para
pedir a suspensão da medida provisória que criou o programa do governo
federal. (UOL)
Blog do Bill Art´s