a Marinha do Brasil apurou que, em abril, o navio grego ficou retido nos Estados Unidos durante 4 dias por causa de problemas no filtro de descarte da embarcação ( Foto: Divulgação/Delta Tankers)
Identificado como Bouboulina, o navio grego suspeito de ter sido o culpado pelo derramento de óleo que atingiu praias do Nordeste carregava mais de 2,5 mil toneladas de petróleo cru. A Polícia Federal ainda não sabe, entretanto, se o houve um acidente ou descarte proposital do material.
De acordo com a agência de geointeligência Kpler, o petroleiro carregou 1 milhão de barris do petróleo tipo Merey 16 cru no Porto de José, na Venezuela, no dia 15 de julho. Zarpou no dia 18 com destino à Malásia e depois passou a oeste da Paraíba em 28 de julho. Segundo investigação do Governo Federal, a primeira mancha no oceano foi registrada em 29 de julho, a 733 km da costa da Paraíba. As primeiras praias afetadas estão localizadas no município paraibano de Conde, onde foram registradas particulas de óleo no dia 30 de agosto.
Para investigar o crime ambiental. a Operação Mácula foi inciada pela PF na manhã desta sexta-feira (1º). Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na sede da empresa Lachmann Agência Marítima, responsável pelo navio e na Witt O Brien's, que mantém relações comerciais com a Lachmann. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte e são cumpridas no Rio de Janeiro.
Através de nota, a Lachmann afirma que não é alvo da investigação da PF e que está colaborarando com as investigações. "A agência marítima é uma prestadora de serviços para as empresas de navegação, não tendo nenhum vínculo ou ingerência sobre a operacionalidade, navegabilidade e propriedade das embarcações", diz a Lachmann no comunicado à imprensa.
Já a Witt disse que o navio alvo da investigação "jamais" foi seu cliente no Brasil. "A Witt O´Brien´s americana é uma das grandes provedoras desse tipo de serviço de prontidão para gerenciamento de emergências em navios nos Estados Unidos, porém seus contratos não guardam nenhuma relação com nossa empresa no Brasil", diz o comunicado.
"Nós temos a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria. O que nos falta são as circunstâncias desse crime, se é doloso, se é culposo, se foi um descarte ou vazamento", afirma o delegado da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, Agostinho Cascardo em entrevista ao G1. Ainda de acordo com Cascardo, a Marinha do Brasil apurou que, em abril, o navio grego ficou retido nos Estados Unidos durante 4 dias por causa de problemas no filtro de descarte da embarcação.
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