sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

OPERAÇÃO LESA PÁTRIA - Sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio, é alvo de operação da PF por ter participado de atos terroristas

 

Familiar do ex-presidente se tornou alvo de notícia crime após publicar fotos na rampa do Congresso Nacional


      Sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio participou dos atos golpistas de 8 de janeiro - Foto: Reprodução / Redes sociais

Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos alvos da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (27). A corporação cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do primo de EduardoFlávio Carlos Bolsonaro. Em meio aos atos terroristas que culminaram na depredação da sede dos Três Poderes, Léo índio publicou registros na rampa do Congresso Nacional.

Nesta manhã, a PF cumpre 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão em cinco estados (Rio de JaneiroMinas GeraisParanáSanta CatarinaEspírito Santo) e no Distrito Federal. Em Minas Gerais, duas pessoas já foram presas — Marcelo Eberle Motta e Eduardo Antunes Barcelos. Em Santa Catarina, Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a "Fátima de Tubarão", de 67 anos, que ficou conhecida após aparacer em um vídeo xingando o ministro Alexandre de Moraes dentro da sala do magistrado, também foi presa.

A operação visa identificar manifestantes que participaram ou financiaram os atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.

A presença do familiar do ex-presidente nas manifestações se tornou motivo de processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, ele solicitou gratuidade de Justiça ao Supremo Tribunal Federal (STF) e anexou uma declaração de hipossuficiência ao processo. Ele é acusado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de Golpe de Estado e é pedida sua prisão preventiva.

Não tenho condições de arcar com as despesas decorrentes do presente processo e honorários advocatícios sucumbenciais, sem prejuízo do meu próprio sustento e da minha família, necessitando, assim, da gratuidade de justiça a qual há de abranger a todos os atos do processo, diz Léo índio em trecho do documento que será analisado pelo relator, o ministro Dias Toffoli.

Sem ensino superior, Léo índio informou à Corte que sua ocupação atual é de vendedor. No passado, ele chegou a ser assessor do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e ocupou cargos de confiança nos gabinetes do senador Chico Rodrigues (União Brasil-RR) e da liderança do PL no Senado Federal, pelo qual recebia um salário de R$ 5,7 mil. Em julho passado, ele foi exonerado.

Também em 2022, ele tentou se eleger como deputado distrital sob a alcunha de Léo Bolsonaro. O sobrinho não tem o sobrenome do ex-presidente por ser filho de uma irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher de Bolsonaro e mãe de Carlos, Eduardo e Flávio.

À época, não declarou bens à Justiça Eleitoral. No pleito, ele obteve 1801 votos e conquistou uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O GLOBO não conseguiu localizar a defesa de Léo Índio, o espaço segue aberto para manifestações.

Passado de investigações
Em 2021, a Folha de S.Paulo publicou que o primo dos filhos do então presidente foi investigado em inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apurou a organização e o financiamento de atos antidemocráticos em 7 de setembro, além de ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

À época, ele postou nas redes sociais uma campanha de arrecadação visando as manifestações pró-governo. Ele divulgou chaves Pix e um QR Code para doação de criptomoedas que ajudassem a financiar os atos. As publicações foram bloqueadas pelo ministro Alexandre de Moraes. 247.


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