Em um manifesto divulgado no começo da noite desta quarta-feira (31), os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), mais o apresentador Luciano Huck e o ex-presidenciável João Amoedo (Novo) afirmaram que a democracia brasileira é ameaçada. Nesta quarta completam-se 57 anos do início da Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil.
De acordo com o manifesto, "exemplos não faltam para nos mostrar que o autoritarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos".
"Muitos brasileiros foram às ruas e lutaram pela reconquista da Democracia na década de 1980. O movimento 'Diretas Já' uniu diferentes forças políticas no mesmo palanque, possibilitou a eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, a volta das eleições diretas para o Executivo e o Legislativo e promulgação da Constituição Cidadã de 1988. Três décadas depois, a Democracia brasileira é ameaçada", afirmaram.
Os signatários do manifesto fizeram uma convocação por uma união nacional. "Homens e mulheres desse país que apreciam a liberdade, sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem, devem estar unidos pela defesa da consciência democrática. Vamos defender o Brasil", disse.
Dilma Rousseff
Vítima de dois golpes, o de 1964 e o de 2016, a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que o povo brasileiro tem que lutar para encontrar a saída diante do túnel imposto pelos golpistas ao Brasil.
"Qual é a chance de o país voltar a ser livre, o país do futuro com o qual tanto sonhamos? Não vejo mais luz no fim do túnel, tendo os opressores aliados à nossa elite", afirmou Dilma em entrevista à TV 247.