Um soldado do Corpo de Bombeiros cancelou o único pedido de socorro feito ao Samu durante a ação policial que acabou com nove mortes em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, alegando que a Polícia Militar já estaria socorrendo as vítimas
Paraisópolis (Foto: Reprodução)
Durante a ação da Polícia Militar em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, que resultou na morte de 9 jovens na madrugada de sábado para domingo 1, em meio a um baile funk, foi feito apenas um pedido de socorro ao Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu).
Esse pedido, no entanto, foi cancelado por um soldado do Corpo de Bombeiros, sob a alegação de que a PM já estaria socorrendo as vítimas. As informações foram veiculadas no SP1, da TV Globo.
Segundo as informações do telejornal, a solicitação aconteceu às 4h18 do domingo (1). Uma jovem, que não se identificou, disse ao telefone que ela e um amigo haviam sido agredidos por policiais, que estavam feridos nas pernas por conta de bombas e que o olho do rapaz estava machucado. Ela também relatou violência sexual e contou que havia outras vítimas no local.
Dois minutos depois, às 4h20, o pedido foi transferido para outra viatura do Samu. Às 4h29, a solicitação foi classificada como "alta emergência". Na sequência, o socorro foi enviado a uma terceira unidade. E por fim, às 4h47, um soldado do Corpo de Bombeiros cancelou a solicitação dizendo que PM já tinha socorrido as vítimas.
Nenhum carro do Samu apareceu no local, informou ainda o SP1. Segundo testemunhas, a PM teria impedido socorro às vítimas. “Ele caiu e um amigo foi socorrer e o policial falou 'pode deixar que a gente cuida dele'”, disse Fernanda Garcia, irmã de Dennys Guilherme Franca, de 16 anos, morto na tragédia.(247)
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