Via:Santanavinicius
Cantor Pinto do Acordeon morre aos 72 anos de câncer
O músico paraibano Pinto do Acordeon morre na madrugada desta
terça-feira (21), aos 70 anos, vítima de um câncer. De acordo com o filho dele,
Mô Lima, Pinto estava internado no Hospital da Beneficiência Portuguesa, em São
Paulo, desde janeiro, onde faleceu. O corpo do músico será velado na cidade de
João Pessoa, em um cemitério privado, e enterrado no município de Patos, no
Sertão paraibano. A previsão é queo corpo chegue em João Pessoa por volta das
16h.
Em 2015,
Pinto do Acordeon teve parte de uma das pernas amputadas por conta de
complicações causadas por diabetes. Anteriormente, o cantor já havia sido
internado e submetido a uma angioplastia.
Francisco Ferreira Lima, o Pinto do Acordeon, nasceu no
município de Conceição, no Sertão paraibano. Ele se tornou popular a partir de
apresentações que realizava junto a trupe de Luiz Gonzaga. Ele gravou cerca de
20 álbuns durante a carreira. “Neném Mulher” é uma das músicas mais conhecidas
do repertório.
Ele lançou
seu primeiro LP solo (1976), no mesmo ano, a canção “Arte culinária”, uma
parceria sua com Lindolfo Barbosa, fez sucesso com o Trio Nordestino; o LP
“Gosto da Bahia”, pela Gravadora Japoti (1970); o álbum “As filhas da viúva”
(1980); o LP “O rei do forró sou eu” Nova Produções (1994); participou da
gravação do DVD do grupo paraibano Clã Brasil (2006); e os CDS: 20 anos de
estrada, De língua, Forró Cocota, Me botando pra roer, Projeto divino, Eco
nordeste, Vem viver essa paixão, Deixa o dia clarear; Sertanejo, entre outros.
Durante toda a carreira, somam-se cerca de 20 álbuns gravados, entre LPs e CDs.
A obra do
cantor e compositor Pinto do Acordeon se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial
do Estado da Paraíba no dia 13 de julho de 2019.
De autoria
do deputado Delegado Wallber Virgolino, o projeto de lei foi aprovado por
unanimidade na Assembleia legislativa, durante uma votação realizada no dia 18
de junho.
Em setembro
do mesmo ano, ele foi reconhecido com o título “Mestre das Artes Canhoto da
Paraíba”. A homenagem foi oficializada pela Secretaria de Cultura do Estado
através de uma publicação no Diário Oficial do Estado.
O título de
Mestre das Arte’ foi criado pela Lei Estadual 7.694, conhecida como Lei Canhoto
da Paraíba. Ela é uma homenagem ao músico Francisco Soares de Araújo, conhecido
como Canhoto da Paraíba, que morreu em 2008. O objetivo é proteger e valorizar
os conhecimentos, fazeres e expressões das culturas tradicionais paraibanas.
Por meio do
Registro no Livro de Mestres das Artes (REMA), as pessoas que contribuem há
mais de 20 anos com atividades culturais na Paraíba recebem o título de
“Mestres e Mestras”, ao terem suas artes reconhecidas.(G1 PB)