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Uma reunião realizada na Secretaria de Segurança do Estado do Piauí, acontecida na última segunda-feira (02), decidiu pela anulação do concurso da Polícia Militar que foi realizado no domingo (01), para 430 vagas de soldados e oficiais, após as tentativas de fraudes flagradas pelas polícias de Teresina e Picos, na operação Certame, durante as provas.
Estavam presentes o secretário Robert Rios, o subcomandante da Polícia Militar, coronel Sidney, o secretário de Administração, Paulo Ivan, além do corregedor da PM, coronel Marcos David, o delegado geral James Guerra e o coordenador do Grupo de Repressão Contra o Crime Organizado (Greco), delegado Menandro Pedro.
Em Teresina, foram presos pelos policiais civis da Greco quatro candidatos acusados de pagar para receber o gabarito e policiais militares. A princípio, eles deram cerca de R$ 2 mil. O restante seria dado após a aprovação. O valor total poderia chegar a R$ 10 mil, de acordo com o delegado Menandro Pedro.
O tenente Elivaldo, técnico do time de futebol feminino do Tiradentes, ainda continua preso e teria confessado o crime para ajudar seu filho a passar. Já no município de Picos, foram presos três pernambucanos que foram descobertos após fiscais desconfiarem da demora de um dos candidatos em responder a prova. Durante a prisão, um dos suspeitos foi flagrado com um celular escondido nas partes íntimas.
Em depoimento para a delegada Tatiana Trigueiro, os suspeitos confessaram a tentativa de fraude e revelaram que pagaram, antecipadamente, R$ 300. “O trio confessou que se o esquema desse certo e fossem aprovados pagariam R$: 6 mil em duas vezes”, finalizada a delegada de Picos.
PRISÕES EM PICOS
Em Picos, três homens foram presos acusados de fraudar concurso da Polícia Militar do Piauí. Os suspeitos são do município Petrolândia, e foram descobertos após fiscais desconfiarem da demora de um dos candidatos em responder a prova.
“Os três faziam provas em locais diferentes. O que estava no Vidal de Freitas foi preso na saída da escola e entregou os outros dois. O trio é de Pernambuco e veio de lá só para tentar fraudar o concurso”, explica Trigueiro. A delegada explica ainda que a polícia vai investigar quem seria o responsável por repassar o gabarito aos candidatos. Informações preliminares apontam que o suspeito seria um homem, também de Pernambuco.
O esquema funcionava através de códigos, estabelecidos de acordo com toques aos celulares dos suspeitos. “Os três estavam com celulares iguais e, para saber qual a resposta correta, se baseavam em toques de celular. Se vibrasse uma vez, a resposta seria letra A, duas vezes letra B e assim por diante”, reitera Tatiana Trigueiro.
O certame visa o provimento de 430 vagas na PM-PI. Os cargos disponíveis são para soldado e oficial da corporação, cujas remunerações iniciais são de R$ 2.047,63 e R$ 3.897,04, respectivamente, de acordo com edital. (Blog do Tadeus de Sá)
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