O estádio que receberá os jogos da Copa do Mundo e das Confederações em Salvador irá se chamar Itaipava Arena Fonte Nova. A confirmação ocorreu na manhã desta segunda-feira (1º), seis dias antes da partida de abertura. Há duas semanas, a Folha antecipou a informação.
Até hoje, o governo da Bahia e as empresas envolvidas negavam o acordo.
O contrato pelos direitos do nome da
Fonte Nova custará R$ 10 milhões por ano até 2023 –totalizando R$ 100
milhões– ao Grupo Petrópolis, do Rio de Janeiro, que controla a Itaipava
e outras cinco marcas de cerveja, duas de energético e outras duas de
vodca.
A ideia é fortalecer a marca Itaipava no
Estado. A companhia está instalando uma fábrica em Alagoinhas (a 108 km
de Salvador), onde já existe uma unidade da rival Schincariol. Um
acordo semelhante para batizar a Arena Pernambuco também está sendo
costurado pela Itaipava.
Porém, nos períodos de competição da
Fifa neste e no próximo ano, o nome não poderá ser usado porque a
entidade que gere o futebol mundial é patrocinada pela americana
Budweiser e não permite a publicidade de empresas concorrentes durante
os seus eventos.
A partida inaugural do estádio, no
próximo domingo (7), será feita com um jogo entre Bahia e Vitória em que
todos os cerca de 41 mil ingressos foram vendidos em menos de três
horas, na última sexta-feira (29), quando houve tumulto e seis pessoas
feridas na confusão.
A arena era um espaço público e se
tornou uma PPP (parceria público-privada) em 2009, quando o consórcio
formado por OAS e Odebrecht venceu a licitação do estádio. O presidente
do consórcio, Frank Alcântara, afirma que não vê problema em ter a arena
associada a uma marca, “seja ela qual for”.
“Porém não vamos descaracterizar o nome
Fonte Nova, pois é uma marca forte e deve ser preservada como patrimônio
público”, afirma. O Estatuto do Torcedor veta a venda de bebida
alcoólica nas praças esportivas do país.
No domingo (7), portanto, haverá venda
de cerveja Itaipava sem álcool nas cantinas do estádio. Além disso, como
a Ambev já patrocina a seleção brasileira, o futebol da Rede Globo e
ações de marketing em clubes como Bahia e Vitória, as marcas acabarão se
misturando no estádio.
A Lei Geral da Copa, sancionada em junho
de 2012 pela presidente Dilma Rousseff, liberou a comercialização de
cerveja no Mundial e na Copa das Confederações. (Folha de São Paulo)
Blog do Banana