O
dia 1º de abril é conhecido como o Dia da Mentira. A data surgiu na
França há muitos anos e a tradição se espalhou pelo mundo. É comum muita
gente pregar peças neste dia, como uma forma de brincadeira. Mas, para
algumas pessoas, o hábito de mentir pode ser uma doença, conhecida como
mitomania. O indivíduo que possui o distúrbio mente compulsivamente. Em
entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda-feira (1º), o médico
psiquiatra Leonardo Machado, do Hospital Oswaldo Cruz, explicou as
características das doenças relacionadas à mentira.
“Quando o indivíduo começa a viver na
mentira, começa a não ter muita preocupação com as consequências que ela
pode acarretar para ele e para a vida dos outros, e isso acaba sendo
uma mentira mais patológica”, afirmou o psiquiatra.
Machado afirma que, além da mitomania,
há outro distúrbio que a psiquiatria caracteriza como doença da mentira.
Ele diferencia uma da outra. “Alguns referenciam esse quadro como a
pseudolalia, quando o indivíduo mente compulsivamente. Geralmente, o
indivíduo nessa condição de pseudolalia, mente sem um objetivo
específico, mente por mentir. A mitomania também é um tipo de mentir
compulsivo, mas geralmente o indivíduo tenta suprir alguma necessidade
básica”, explicou.
Para buscar tratamento, Leonardo Machado
afirma que é preciso que o mentiroso compulsivo procure, primeiro,
reconhecer que precisa de ajuda. “A dificuldade é o indivíduo aceitar,
dar-se conta, porque ele começa a viver a mentira. A base mais
especializada [para tratamento] seria um médico psiquiatra ou também
psicólogos. Na rede pública, deve-se procurar os Caps [Centros de
Atenção Psicossocial] ou algum ambulatório”, finalizou. (G1)
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