O cantor e compositor Gilberto Gil, ex-ministro da Cultura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a 2008, afirmou em depoimento ao juiz Sergio Moro desconhecer qualquer ato ilícito cometido por Lula durante o período em que esteve à frente da pasta. O depoimento de Gil aconteceu na manhã desta quinta-feira (9) em audiência sobre o processo do sítio de Atibaia, cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente.
Gil, que foi arrolado como testemunha de defesa de Lula, disse, ao ser questionado pelo advogado Cristiano Zanin que mantinha contato permanente com Lula e afirmou jamais ter tido conhecimento de que ele teria solicitado ou recebido algum tipo de vantagem indevida. O ex-ministro também disse desconhecer quaisquer benefícios que supostamente teriam sido concedidos às empreiteiras Odebrecht e OAS por meio da troca de benfeitorias e reformas no sítio.
Ao ser questionado por Moro se tinha conhecimento do envolvimento dos ex-ministros Antônio Palocci e José Dirceu, além do marqueteiro João Santana, em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro na época, Gil respondeu que "não".
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula teria sido beneficiado com benfeitorias feitas no sítio que somam cerca de R$ 1 milhão e que teriam sido pagas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht. Apesar do imóvel estar registrado em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, o MPF afirma que o real dono da propriedade é o ex-presidente.(247)
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