Antes de saber dos resultados da pesquisa Datafolha, que mostra que, se a democracia voltar ao Brasil, o ex-presidente Lula retornará ao poder, a presidente deposta Dilma Rousseff concedeu uma entrevista ao jornal La Vanguardia, em que falou sobre a tragédia brasileira.
"Lula hoje tem votos suficientes para derrotar nas eleições o golpe. É por isso que eles querem levá-lo embora e colocá-lo na cadeia, porque ele é uma ameaça. E agora eles estão isolados porque querem impedi-lo de falar", diz ela, que também refuta a ideia de um eventual plano B. "Eles nos dizem: se ele é um prisioneiro, deixe-o, não insista, vá para o plano B. Mas por que deveríamos fazê-lo se Lula é inocente? Por que vamos retirar uma pessoa que tem a maior aprovação nas pesquisas? Para fazer o trabalho de aceitar uma perseguição política? Não, vamos com o Lula até o fim, até que resolvam o problema. As candidaturas serão decididas em agosto, vamos para as últimas instâncias judiciais. É muito sério que o Brasil tenha um prisioneiro político de novo, algo que terminou nos anos 90. E eu sei o que é. A ditadura militar tinha o hábito de dizer que não existíamos, que éramos criminosos ... Hoje, felizmente, temos democracias, mas não acho que seja possível manter uma democracia de alta intensidade se a desigualdade continuar a aumentar", disse ela.
O golpe contra a presidente Dilma, que está prestes a completar três anos, destruiu a economia nacional, arruinou a reputação internacional do País e fez com que o poder passasse a ser exercido por um consórcio de ladrões, que hoje entregam as principais riquezas nacionais, como o pré-sal.(247).
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