Já se vão quase dois anos de um governo alçado a esta posição por meio de um processo eivado de injuridicidades.
A cada dia somos surpreendidos por nova investida contra a democracia. Insultos que se seguem e agridem aos que sempre se posicionaram em favor da soberania do voto e do regime democrático.
O que está em jogo agora pode aprofundar o caminho da ruptura democrática ou estabelecer a possibilidade de retorno ao que preceitua nossa Constituição. O que está em jogo é algo tão precioso que não podemos silenciar.
Estamos muito próximos de receber o resultado do julgamento do recurso do ex-presidente Lula no TRF-4, tribunal sediado no RS.
Não discuto a competência dos seus magistrados e a entrada por concurso, mas o ambiente em que este juízo se fará.
A última notícia que temos é de um abaixo-assinado, feito em tom de campanha pela prisão de Lula, divulgado e sustentado pela chefe de gabinete do presidente deste mesmo tribunal, que nada fez diante do fato.
Antes disso, fomos “premiados” com outras notícias igualmente suspeitas.
A primeira diz respeito ao tempo recorde de marcação do julgamento, ultrapassando sete processos que aguardam em fila o mesmo procedimento.
A outra foi a posição do presidente do Tribunal, o mesmo que não puniu sua chefe de gabinete, ao apoiar publicamente, sem ter lido, a sentença condenatória de Lula, assinada pelo juiz Sérgio Moro.
Podemos voltar um pouco atrás e incorporar a análise do mundo jurídico que, por ampla maioria, desidratou e evidenciou as falhas na sentença do juiz da Lava Jato, não apenas pela total falta de provas, mas pela própria construção da sentença.
A inexistência de nexo entre a acusação e o patrimônio NÃO encontrado retiraria o caso do ex-presidente da Lava Jato e, portanto, da comarca de Curitiba. Ou seja, a corte recursal não poderia ser o TRF-4.
Ora, sem mais delongas, estamos a 16 dias de uma profunda violação à democracia, à Constituição e às leis.
Não podemos ficar impotentes e submersos numa corrente de injustiças, arbítrios e exceções.
Autoridades judiciais superiores precisam justificar sua existência para o seu país, sob pena de serem cúmplices explícitos do golpe e da morte da soberania do voto popular.
Este julgamento precisa ser SUSPENSO.
Com a palavra o STF. (247).
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