
Em sua coluna na revista CartaCapital deste fim de semana, Marcos Coimbra, fundador e presidente do Instituto Vox Populi, destaca três pontos sobre as eleições de 2018.
O primeiro deles é que o ex-presidente Lula é indiscutivelmente favorito. "Hoje, ninguém duvida do favoritismo de Lula", diz. O segundo é o de que "tudo indica que o embate PT versus PSDB, que caracterizou as eleições de 1994 a 2014, não se repetirá em 2018".
"Não deixa de ser irônico que o principal partido por trás da deposição de Dilma seja o mais prejudicado pelo processo que desencadeou. Ao contrário de abater Lula e exterminar o PT, o que os tucanos fizeram foi colocar em marcha o seu próprio colapso", observa.
Ele descreve a situação complicada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: "nunca tínhamos tido, nas últimas seis eleições, uma situação como a atual, em que o mais forte dos candidatos peessedebistas, a 14 meses do pleito, tem somente 1% no voto espontâneo".
Para Coimbra, "o mais provável adversário do PT em 2018" é Jair Bolsonaro, o único candidato que, além de Lula, "dá sinais claros de vitalidade", a terceira informação que se pode considerar quase confirmada sobre a disputa presidencial.
A grande pergunta sobre as eleições, na opinião de Coimbra, não está no eleitorado, mas em "quão longe o Judiciário pretende intervir no processo político". "Sem Lula, a eleição pode ser inútil para restituir a autoridade que o Executivo perdeu", diz ele.
"Se for impedido de participar, ela dificilmente conseguirá tirar o País do atoleiro em que o meteram e o eleito governará sempre sob o signo da ilegitimidade, como alguém que só ganhou porque armaram o tapetão. O inverso do que o Brasil precisa no momento em que estamos". (247).
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