Fogo se alastrou a partir da região de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, nesse sábado (17). Segundo autoridades, são 54 feridos e dezenas de deslocados
registrados até o momento
"Trovoadas secas" podem ter sido origem da tragédia em Portugal
Um incêndio florestal iniciado no distrito de Leiria, região central de Portugal, nesse sábado (17), já deixou 61 mortos e 54 feridos, segundo último balanço oficial do governo português divulgado às 12h de Brasília.
Em levantamento anterior, as autoridades do país haviam anunciado que seriam 62 mortes, número corrigido posteriormente. Mas o primeiro-ministro português Antônio Costa acredita que a estatística deve aumentar. "Muito provavelmente o número de vítimas será superior, mas neste momento o número confirmado não são 62 mas 61 – um dos registros tinha sido duplicado –, mas não vale a pena alegrarmo-nos com isso porque iremos, certamente, encontrar mais vitimas no terreno", afirmou em entrevista concedida aos jornalistas no local.
A Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) de Portugal afirma que o fogo, iniciado em Pedrógão Grande, se alastrou para Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, que também se localizam no distrito de Leiria. O incêndio é combatido no momento por 766 bombeiros, 237 veículos e seis veículos aéreos.
Entre as pessoas feridas, há oito bombeiros, quatro deles em estado grave. Outros seis feridos da região de Pedrógão Grande internados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra também estão em estado grave.
Antes de se encaminhar à região, o primeiro-ministro falou sobre as possíveis causas da tragédia. "Houve uma situação meteorológica particular a partir das 14 horas, numa extensão entre Coimbra e o norte do Alentejo, com a sucessão de trovoadas secas que terão estado na origem destes incêndios", declarou. As "trovoadas secas" são um fenômeno que costuma ocorrer em ambientes de temperaturas elevadas e baixa umidade, resultando em descargas elétricas desacompanhadas de chuvas.
De acordo com Valdemar Nunes, presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, 95% da floresta local foi queimada. O governo português decretou três dias de luto oficial. (RBA).
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