sexta-feira, 21 de julho de 2017

Incêndio de grandes proporções em Portugal deixa ao menos 61 mortos

Fogo se alastrou a partir da região de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, nesse sábado (17). Segundo autoridades, são 54 feridos e dezenas de deslocados 
registrados até o momento
Incêndio em Portugal
"Trovoadas secas" podem ter sido origem da tragédia em Portugal


Um incêndio florestal iniciado no distrito de Leiria, região central de Portugal, nesse sábado (17), já deixou 61 mortos e 54 feridos, segundo último balanço oficial do governo português divulgado às 12h de Brasília.
Em levantamento anterior, as autoridades do país haviam anunciado que seriam 62 mortes, número corrigido posteriormente. Mas o primeiro-ministro português Antônio Costa acredita que a estatística deve aumentar. "Muito provavelmente o número de vítimas será superior, mas neste momento o número confirmado não são 62 mas 61 – um dos registros tinha sido duplicado –, mas não vale a pena alegrarmo-nos com isso porque iremos, certamente, encontrar mais vitimas no terreno", afirmou em entrevista concedida aos jornalistas no local.
A Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) de Portugal afirma que o fogo, iniciado em Pedrógão Grande, se alastrou para Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, que também se localizam no distrito de Leiria. O incêndio é combatido no momento por 766 bombeiros, 237 veículos e seis veículos aéreos.
Entre as pessoas feridas, há oito bombeiros, quatro deles em estado grave. Outros seis feridos da região de Pedrógão Grande internados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra também estão em estado grave.
Antes de se encaminhar à região, o primeiro-ministro falou sobre as possíveis causas da tragédia. "Houve uma situação meteorológica particular a partir das 14 horas, numa extensão entre Coimbra e o norte do Alentejo, com a sucessão de trovoadas secas que terão estado na origem destes incêndios", declarou. As "trovoadas secas" são um fenômeno que costuma ocorrer em ambientes de temperaturas elevadas e baixa umidade, resultando em descargas elétricas desacompanhadas de chuvas.
De acordo com Valdemar Nunes, presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, 95% da floresta local foi queimada. O governo português decretou três dias de luto oficial. (RBA).

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