Ao ler a pesquisa do
"Estadão" levei um susto.
Estavam lá, lado a lado, compartilhando a mesma opinião,
deputados de esquerda, de centro, de direita, e até de extrema-direita.
Os que votaram contra e a favor do impeachment.
Os que são contra e os que são a favor da ditadura.
Os humilhados e os que humilham.
Sim, senhores! Bolsonaro, que chamou Jean Wyllys de
"queima-rosca" e Jean Wyllys, que cuspiu no Bolsonaro têm uma coisa
em comum: estão contra a reforma da Previdência tal como a dupla
Temer-Meirelles quer aprovar.
E até Tiririca está nesse time.
A famosa maioria de 2/3 dos governistas evaporou-se.
Nem no PMDB Temer a tem. Dos 64 deputados, apenas 34 prometem
votar com o governo; 16 afirmam votar não; 10 não responderam; 3 estão
indecisos e 1 se absteve.
No maior aliado, o PSDB, a situação é mais dramática ainda: dos
47 deputados, a maioria, 20, são contra a reforma; 11 a favor; 10 não
responderam e 5 estão indecisos.
Por mais habilidoso que seja nos bastidores parlamentares vai
ser tarefa de gincana Temer reverter esse resultado.
Mais do que tentar convencer os refratários com oferta de cargos
e outras benesses, Temer deveria ouvi-los e recuar no tempo de contribuição e
na idade mínima, os dois pontos que a maioria da população não aceita.
Vê-se que, mais uma vez Temer cometeu um acerto: uniu os
deputados.
Contra ele, mas uniu. (247).
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