O vereador Dr.Pérsio Antunes (PMDB) fez uma grave denúncia durante a sessão ordinária de ontem (19), na Casa Plínio Amorim.
Dr.Pérsio quer explicações do presidente
do Legislativo Municipal, Osório Siqueira (PSB) – atualmente ocupando o
cargo de prefeito interino de Petrolina – do porquê de ter enviado ao
TCE as contas do ex-prefeito Odacy Amorim (PT), que se encontravam nas
comissões.
Segundo o vereador, a atitude feriu o
Regimento Interno da Casa, uma vez que Osório teria enviado o relatório
sem conhecimento dos integrantes das comissões. Além disso, somente as
contas de Odacy foram entregues ao TCE, enquanto as de outros dois
ex-prefeitos – Guilherme Coelho (PSDB) e Fernando Bezerra (PSB) –
continuam na Casa, há anos.
“Como presidente da Comissão de Justiça e Redação e relator da Comissão de Finanças e Orçamento, gostaria de esclarecimentos”, ressaltou Dr.Pérsio, acrescentando que as contas de Odacy foram enviadas “num passe de mágica”, sem motivos justificáveis. “Nós não fomos informados”, garantiu.
Dr.Pérsio chegou a insinuar o fato a
questões políticas, fazendo uma ilação com o ex-secretário estadual
Ranilson Ramos, recentemente nomeado pelo governador Eduardo Campos para
conselheiro do TCE. “A ‘caixa preta’ da Câmara de Vereadores de Petrolina precisa ser aberta. É preciso respeitar os vereadores desta Casa”, desabafou.
Polêmica
As declarações de Dr.Pérsio geraram
polêmica na Casa. Mas até entre a bancada de oposição houve quem ficasse
ao lado do governista. Foi caso do vereador José Batista da Gama (PDT)
tachou de “nebuloso” o pedido do TCE e soltou o verbo. “O
Tribunal de Contas não está acima da lei, não. Acho que tem que se ter
cuidado com essas coisas. Por que procuraram as contas dele (Odacy), e
não as dos outros ex-prefeitos?”, indagou.
A vereadora Cristina Costa (PT) considerou o pedido do TCE “uma contradição”,
sem deixar também de considerar a hipótese de que o Tribunal pode ter
se equivocado. Já Alvorlande Cruz (PRTB) reforçou as palavras de
Dr.Pérsio. Ele garantiu que, enquanto presidente da Comissão de Finanças
e Orçamento, “não tomou conhecimento” do pedido do TCE.
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