A força-tarefa da operação Lava Jato se posicionou de forma contrária à possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba, de receber a vista da ex-presidente Dilma Rousseff e de uma comissão de deputados. Para o procurador regional do Ministério Público Federal (MPF) Januário Paludo as visitas de familiares "devem prevalecer em relação às de amigos".
Na última quarta-feira (18), ele já havia destacado que "não é viável a fixação ou a elasticidade de horário diferenciado para visitas ao custodiado Luís Inácio Lula da Silva, seja por conveniência da administração, seja para se criar injusto discrímen em relação aos demais custodiados ali recolhidos".
O pedido de visita feito por Dilma foi formalizado no último sábado (21) e, destacou em sua petição que a sua amizade com Lula é "fato público e notório". "Trabalham juntos desde o ano de 2002 e, ao longo dos anos que seguiram, desenvolveram relação de convivência próxima e de profunda amizade, cuja manutenção se faz premente na situação atual de privação de liberdade em que se encontra o ex-presidente Lula", destacou ela no texto assinado pelo ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.
O procurador também manifestou contrariedade em relação a visita de uma comissão de deputados. Segundo Paludo, "o objeto da visita parece ser inadequado" e "a inspeção ou fiscalização, tal qual pedida, é afeta às Comissões Permanentes, em especial às de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Direitos Humanos e Minorias, conforme o Regimento Interno da Câmara dos Deputados.(247).
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