Em entrevistas a emissoras de rádio, nesta segunda-feira, Michel Temer (PMDB) admitiu que as declarações feitas contra ele em delação premiada pelo ex-executivo Márcio Faria, um dos nomes mais importantes da Odebrecht, "pegaram" e que agora devem ser apuradas. O delator afirmou que Temer comandou uma reunião com a Odebrecht na qual foi acertado pagamento de propina de 40 milhões de dólares ao PMDB em 2010, quando era candidato a vice-presidente da República. Vejam o vídeo.
"Essa coisa de que sentado em uma cabeceira, fazendo reunião de mafiosos, e US$ 40 milhões? É muita coisa. Realmente, são coisas fantasiosas, mas que pegaram, porque se divulgou muito. Isso tem de ser apurado ao longo do tempo", disse Temer hoje.
Segundo o delator, o encontro aconteceu no escritório político de Temer em São Paulo, e o valor se referia a 5% de um contrato da Odebrecht com a Petrobras. Em outra delação premiada, o ex-executivo Rogério Araújo, também da Odebrecht, disse que o presidente "assentiu" e deu a "bênção" aos termos do acordo.
Michel Temer afirmou hoje também que as acusações contra a sua gestão não podem paralisar a máquina pública."Às vezes, me perguntam se não vou paralisar o governo porque João falou de José. Não, não vou. São coisas que competem ao Poder Judiciário", disse. (247).
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