sexta-feira, 21 de julho de 2023

Planalto estima obter mais 60 votos no Congresso com chegada de PP e Republicanos ao governo

Entrada do Centrão no governo pode consolidar votos de 60 deputados e novo desenho do primeiro escalão deve ser concluído em agosto

Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso de posse no Congresso Nacional (Foto: REUTERS/Stringer)

O Palácio do Planalto projeta um reforço significativo em seu apoio no Congresso Nacional após formalizar o ingresso do PP e do Republicanos no governo, duas importantes legendas do Centrão que deram sustentação a Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato. Segundo projeções do Executivo, essa movimentação política pode garantir o apoio de 60 deputados, sendo 30 de cada partido, destaca reportagem de O Globo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de volta a Brasília após uma viagem a Bruxelas, deve concluir o novo desenho do primeiro escalão até o próximo mês.

Os deputados federais André Fufuca (PP-AM) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) são os favoritos para se tornarem ministros, e entre os membros da coordenação política há uma expectativa de que haja uma reorganização de cargos para acomodar os novos aliados, sem, no entanto, afetar a representatividade feminina no governo.

Além dos votos consolidados com o PP e Republicanos, o governo estima que outras medidas e concessões poderão angariar mais 80 votos, elevando o total de novos parlamentares da base para 140. Essas ações incluem a distribuição de cargos para o PL, legenda de Bolsonaro, bem como a extensão do apoio do União Brasil com a nomeação de Celso Sabino para o Ministério do Turismo.

As projeções dos governistas de partidos do Centrão são ainda mais otimistas. No PP, a expectativa é de que possam ser garantidos votos de 35 a 40 deputados, dos 49 que compõem a bancada. Já no Republicanos, os "governistas" da lenda acreditam que o patamar pode variar entre 30 e 35 dos 41 deputados.

A fim de consolidar o apoio do PL, o governo tem mantido indicações de gestões superiores em algumas posições de confiança, enquanto o partido pode indicar nomes para o segundo escalão e cargos de chefia em ministérios, desde que não tenham se oposto fortemente a Lula durante a eleição de 2022.

Um dos desafios da articulação política é garantir o apoio de até 50 dos 59 parlamentares do União Brasil. Entretanto, há uma discussão em curso para acomodar o partido no governo, porém, Lula pretende manter suas escolhas para os órgãos mais relevantes, o que tem gerado alguma tensão. - 247.


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