Na segunda-feira (7) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a identificação de um possível primeiro caso positivo de Candida auris no país, fungo letal e altamente resistente.
Á Época, porém, o médico infectologista Alessandro Comarú Pasqualotto, professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) que fez doutorado sobre fungos do gênero Candida, disse que não é necessário ter pânico. "Embora ela seja muito resistente e preocupante, não sei se a Candida auris vai chegar ao ponto de infectar muita gente".
"Em termos globais, ainda são poucos os casos. Não é porque temos a suspeita de um caso no Brasil que temos que fechar as fronteiras. Mas, dada a sua resistência, existe sim um alerta, porque [o fungo] pode causar surtos em pequenos núcleos, como no ambiente hospitalar", completou.
De acordo com o especialista, o principal fator de risco do patógeno é sua resistência, e não sua transmissibilidade. "O grande perigo dele é sua resistência. Como outras espécies de Candida, ele pode ser facilmente transmitido — mas a grande preocupação, especialmente em ambiente hospitalar, é com o fato de ser multirresistente, porque as opções de tratamento ficam muito estreitas". (247)
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