Encontro se dá quando a relação passa
por distanciamento silencioso
Por:Renata Bezerra de Melo
Jarbas VasconcelosFoto: Alan Marques/Folhapress
O senador Jarbas Vasconcelos comanda, hoje, em seu apartamento no Recife, um almoço para 10 pessoas, que tem, entre os convidados, o governador Paulo Câmara. A lista inclui ainda, entre outros, os seguintes nomes: o prefeito do Recife, Geraldo Julio, Antônio Figueira, da Assessoria Especial do governador, o deputado federal e presidente do MDB em Pernambuco, Raul Henry, Fernando Dueire, suplente de Jarbas, o secretário de Administração do Estado, José Neto e o presidente da Copergás, André Campos. O encontro deve funcionar como um "approach" num momento em que a relação entre socialistas e emedebistas passa por um distanciamento silencioso no Estado. Há bombeiros atuando nos bastidores há algum tempo. Mas, como a coluna registrou no último sábado, os próprios socialistas admitem que, além de o MDB ter tido o tamanho significativamente reduzido na gestão socialista, ainda digere algumas imposições. Segundo uma fonte palaciana, o MDB "ficou como uma espécie de barriga de aluguel no governo, empresta o útero para o filho dos outros". Leia-se: os emedebistas não seriam exatamente responsáveis pelas indicações feitas para espaços da cota do partido, mas teriam acatado escolhas da cúpula do governo sem muita alternativa. O MDB já teve o próprio Henry à frente da Secretaria de Desenvolvimento, chegou a comandar a AD Diper e o Porto de Suape, mas desidratou em meio à briga com o senador Fernando Bezerra Coelho pelo comando da legenda. Henry e Jarbas disputaram eleição pendurados em uma liminar e, assim, e mantiveram o partido na base do governador durante o pleito de 2018. FBC tinha planos de levar a sigla para oposição. Hoje, com a situação apaziguada, alguns socialistas se queixam da convivência pacífica de Henry e Jarbas com Fernando. À mesa, hoje, podem dividir o apetite, alguns recados, adoçar ou apimentar a relação. Jarbas, ao convidar, faz um gesto.
"Privatização fora do radar", diz André
Presidente da Copergás, André Campos assegura que, a despeito do Novo Mercado de Gás, lançado na semana passada pelo Governo Federal, "não está no radar do Governo de Pernambuco a privatização nem de Copergás, nem da Compesa".
Capital > Em 2018, o lucro da Copergás foi de R$ 86 milhões. Para 2019, as previsões são mais otimistas. "Acho que a gente vai ter, talvez, o maior lucro da companhia desde a sua fundação em 1994" vaticinou André Campos na Rádio Folha FM 96,7.
Fala, Paulo! > Indagado se não privatizar é orientação do governador, André devolve: "Sempre ouvi do governador que não era interessante, principalmente nesse momento, a privatização da Copergás". Ele define a Copergás como "fator de desenvolvimento".
Chantagem > André Campos vê os incentivos que o governo federal apresenta em prol das privatizações como "uma espécie de chantagem do Governo Federal, que diz que aplicação do Plano Mansueto para empréstimo, por exemplo, só se os estados privatizarem as suas companhias".
Concentração > Vai sair da Câmara dos Deputados o futuro prefeito do Recife pelas previsões é do deputado Ossesio Silva. Ele faz a conta de que há sete deputados federais pré-candidatos.
Qualificação > Em quatro meses, a Escola de Controle Interno da Secretaria da Controladoria-Geral do Estado capacitou mais de 1500 pessoas, servidores do executivo. Foram oferecidos de 12 cursos, 10 oficinas, nove palestras e dois workshops, contabilizando mais de 300 horas de conteúdo ministrado.
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