Bolsonaro não ser saber de conversa. Vive de soltar seus posts e, agora, anunciou que voltará com suas lives, todas as quinta-feiras. Ele recusa-se a conceder entrevistas coletivas à imprensa, concedendo apenas simulacros de entrevistas á mídias que seguem o roteiro do govenro, como o SBT e a Redord. Surdo, incapaz de ouvir e debater, ele voltou mais uma vez suas baterias contra a imprensa na manhã desta sexta-feira (8). Num tweet, escreveu: "Lamentavelmente parte da conhecida imprensa, sem o menor compromisso com a verdade, divulga informações distorcidas sobre uso do cartão corporativo. Mais uma irresponsabilidade desmentida durante nossa live de ontem". 247
A razão da queixa de Bolsonaro é a série de reportagens publicadas nos últimos dois dias por quase toda a imprensa registrando que osgastos com cartões corporativos da Presidência nos dois primeiros meses do governo Jair Bolsonaro tiveram aumento de 16% em relação à média dos últimos quatro anos, já descontada a inflação. Apesar de ter sua extinção defendida pelo bolsonarismo durante a transição, a nova gestão não apenas manteve o uso dos cartões como foi responsável por uma fatura de R$ 1,1 milhão (aqui).
Na live, Bolsonaro e o chefe do GSI, general Alberto Heleno, apresentaram uma explicação sem pé nem cabeça segundo a qual em janeiro de 2019 o Brasil teria "dois presidentes e um vice" (Bolsonaro, Temer e Mourão), enquanto em janeiro de 2018 o país só tinha "um presidente". Os dois não explicaram como seria possível o país ter dois presidentes em janeiro, posto que Bolsonaro tomou posse em 1 de janeiro. A própria formulação de o Brasil ter "dois presidentes" simultaneamente é insustentável de qualquer ponto de vista. O episódio ilustra a razão de Bolsonaro recusar-se a conceder coletivas -seria inevitavelmente questionado sobre a invenção dos "dois presidentes".
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