Isso que o Lúcio Bolonha Funaro contou a respeito da compra de votos do impeachment lembra a história do juiz que foi comprado, há alguns anos, para mudar resultados de jogos de futebol do mais importante campeonato nacional.
Os jogos apitados pelo juiz-ladrão foram anulados.
Se jogos comprados foram anulados, impeachment comprado também deveria ser.
Lembra também que, tal como Cunha comprou os votos do impeachment que colocou Temer no Planalto, Temer compra agora votos da sua salvação. Eles agem como dois irmãos siameses.
O que confirma a célebre frase de Romero Jucá captada secretamente pelo gravador do ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado:
"Temer é Cunha".
Funaro entrou em detalhes da operação articulada por Cunha:
"Ele me perguntou se eu tinha disponibilidade de dinheiro que ele pudesse ter algum recurso disponível para comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo".
"Ele falou expressamente comprar votos?", perguntou um procurador da PGR.
"Comprar votos", respondeu Funaro.
"Consolidou esse valor?"
"Consolidei o valor. Depois de uma semana de aprovado o impeachment comecei a enviar dinheiro para ele ir pagando os compromissos".
Essas declarações às vésperas de mais uma votação decisiva não estavam nos piores pesadelos de Temer.
A suspeita de que a deposição da presidente Dilma, além de ter sido um golpe parlamentar, foi um golpe comprado, resultado de corrupção, afeta ainda mais a sua legitimidade e reforça o discurso do anula impeachment e volta Dilma.
A sua popularidade vai atingir níveis catastróficos nos próximos dias.
Tal como ocorreu com Cunha que, apesar de todo o poder do $ acabou sendo cassado por aqueles que antes tinha comprado, Temer também corre esse risco.(247).
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