terça-feira, 13 de setembro de 2016

UPAE/IMIP de Petrolina se engaja na campanha “Setembro Amarelo – prevenção ao suicídio e valorização da vida”

A campanha ‘Setembro Amarelo’ foi iniciada no Brasil em 2014 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com o tema: “Suicídio – Falar é a melhor solução”. Desde então, nessa época do ano, instituições públicas, particulares, ONGs, e sociedade civil fazem um alerta à população a respeito da realidade do suicídio no país e no mundo, com foco nas formas de prevenção.

A cor amarela toma conta das cidades e a divulgação de informações é estimulada. Em Petrolina, no sertão de Pernambuco, o Monumento da Integração já ganhou nova iluminação, algumas instituições têm debatido o assunto e a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) novamente se engaja na causa, promovendo palestras de conscientização para o público que utiliza seus serviços.

O suicídio é um problema de saúde pública que vivi atualmente a situação de tabu e do aumento de suas vítimas. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. De acordo com o site da campanha, “tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas”. A boa notícia é que, segundo a Organização Mundial de Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos.

Ciente dessa realidade, a ação da UPAE tem como objetivo falar abertamente sobre o assunto e mostrar que é possível atuar na prevenção “Para isso, as pessoas precisam entender melhor o suicídio e o que está por trás dele”, afirma a psicóloga da Unidade, Tatiany Torres. “No suicídio a pessoa quer acabar com a dor, com o sofrimento, e não vê outra alternativa senão a morte. O ato passa pela esfera emocional, social, cultural e genética. 90% tem correlação com transtornos mentais. O restante pode estar associado a perdas, como saída de um emprego, falecimento de um ente querido ou fim de um relacionamento, e, nesse caso, as pessoas são movidas por um impulso oriundo de um sofrimento psíquico intenso”, esclarece.

“Geralmente as pessoas avisam que estão planejando o ato. Esse ‘grito de socorro’ pode ser verbal ou através de mensagens subliminares. O que muitas vezes acontece é que nós não queremos ouvir, promover um olhar diferenciado sobre o outro ou ‘perder tempo’ com aquela pessoa. Então, a primeira forma de prevenção é a sensibilização. Depois de detectado os sinais de alerta é preciso buscar ajuda especializada, seja de um psicólogo, psiquiatra, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou até mesmo do Centro de Valorização da Vida (CVV) e da rede assistencial de saúde, através do programa de saúde da família que encaminhará a um dos dispositivos”, orienta Tatiany.

A primeira palestra voltada ao público interno da UPAE foi realizada nesta segunda-feira (12) e até o final do mês outros momentos como esse acontecerão. “A nossa Unidade procura aderir às campanhas de saúde pública e consideramos o Setembro Amarelo de extrema importância. Na urgência e emergência recebemos alguns casos e procuramos entrar com o apoio do serviço social para que o paciente seja encaminhado para acompanhamento na atenção básica. Como prevenção, acreditamos que falar sobre o tema abre o olhar para o que muitas vezes acontece ao nosso redor”, ressalta a coordenadora de enfermagem, Grazziela Franklin. Fontes: Vinicius de Santana.

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