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As apostas sombrias da mídia internacional sobre o Brasil mudaram de lado nesta sexta-feira 22, após a realizações dos leilões de concessão dos aeroportos do Galeão e de Confins, quando o governo arrecadou mais de R$ 20 bilhões. Ao contrário das críticas e ironias estampadas nos últimos tempos em veículos como a revista The Economist, que chegou a recomendar a troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega, agora um veículo de igual peso, o jornal The Wall Street Journal, vê a presidente Dilma Rousseff e seu governo “em uma alta”.
- Com a rede de transporte do país há décadas vista como um grande gargalo para um crescimento econômico mais rápido, o governo tem procurado trazer o setor privado para acelerar os investimentos em portos, aeroportos, rodovias e outras áreas”, registra o WSJ em sua versão eletrônica.
Para o WSJ, o lance vencedor de R$ 19 bilhões pela concessão por 25 anos do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, representou “uma alta para o governo Dilma Rousseff, que muitas vezes é criticado por sua abordagem econômica intervencionista que alguns dizem que impediu o interesse do setor privado nas concessões de infraestrutura”.
A agência de notícias econômicas Bloomberg destacou que a moeda brasileira se valorizou diante do resultado dos leilões. “O real subiu quando o leilão mostrou que Rousseff consegue atrair investidores para seu plano de R$ 212 bilhões para melhorar estradas, ferrovias, portos e a infraestrutura, mesmo que o crescimento da maior economia da América Latina tenha diminuído”, anotou a Bloomberg.
O jornal americano The New York Times, considerado o mais influente do mundo, comparou o resultado do recente leilão do campo de petróleo de Libra, na área do pré-sal, com as concessões feitas na manhã desta sexta 22. “O valor (ofertado) foi maior do que os R$ 15 bilhões de reais que o governo conseguiu arrecadar quando leiloou os direitos de exploração do petróleo do gigante campo de Libra em outubro”, lembrou o matutino dos EUA.
O jornal Financial Times, que vem criticando a política econômica brasileira, fez registro discreto sobre os leilões. Já a The Economist não tinha publicado nenhuma linha a respeito até 18h20. (Brasil247)
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