segunda-feira, 20 de maio de 2013

No Brasil, mamografia ainda é para poucas


POR BLOG DO BANANA EM 20 DE MAIO DE 2013 

imagemA coragem de Angelina Jolie, que retirou as duas mamas para se proteger de um provável câncer agressivo, sugerido por um teste genético de última geração, chamou a atenção do mundo inteiro na última semana. Não faltaram elogios à determinação da atriz diante da decisão de abdicar de uma parte do corpo tão ligada à feminilidade. Mas o episódio serviu também para reacender o debate sobre métodos de prevenção de tumores no seio e de como diagnosticá-los na fase inicial. No Brasil, porém, nem mesmo o teste mais elementar para detectar esse tipo de câncer tem cobertura pública satisfatória. Somente 20% das brasileiras em faixa etária de risco – dos 50 aos 69 anos – se submetem à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O levantamento, produzido pela Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, segue padrões estatísticos internacionais, relacionando as informações do Ministério da Saúde sobre mamografias feitas no país com o tamanho da população feminina de 50 a 69 anos de cada unidade da Federação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora os dois bancos de dados se refiram a 2010, as conclusões retratam o panorama atual da oferta pública de mamografias no Brasil, garante Ruffo de Freitas Júnior, da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e um dos pesquisadores envolvidos no levantamento. “Houve uma melhora na assistência, mas, também, houve o ingresso de pessoas nessa faixa etária. Não tenho dúvidas de que os números de 2010 refletem bem 2013”, afirma o médico, que é diretor da Escola Brasileira de Mastologia, da SBM.
Em um país em que 75% da população não tem plano de saúde, é de espantar que somente 20% das mulheres com risco de câncer procurem anualmente o SUS para fazer mamografias. Boa parte delas recorre a clínicas privadas, mas não há pesquisas recentes a respeito. Estudo do IBGE de 2008 (o mais recente sobre saúde feminina) mostrou que 30% das brasileiras de 50 a 69 anos nunca haviam feito mamografia na vida. Uma estatística aterradora, especialmente diante da estimativa da SBM de que uma a cada 12 mulheres no país terá câncer de mama.
Para a mastologista Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), o governo precisa reforçar o atendimento preventivo. “Houve expansão do serviço de mamografia, mas ainda é difícil. E depois, com um exame alterado nas mãos, as mulheres não conseguem fazer biópsia pelo SUS”, diz Maira. Só depois dessa fase, após a detecção da doença e a inclusão do paciente no sistema informatizado, é que começa a correr o prazo de 60 dias para início do tratamento, conforme lei que entra em vigor nesta semana. “E antes disso, o que a pessoa faz? O problema é anterior ao tratamento, começa ainda lá na prevenção”, reclama a mastologista.
O Ministério da Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comentaria o estudo da Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia por não conhecê-lo. Mas ressaltou que analisar os números de apenas um ano desconsidera as mulheres que fizeram mamografia nos 12 meses anteriores e, portanto, estariam dentro da recomendação do governo, que é se submeter ao teste a cada dois anos. Tal indicação, entretanto, contraria o que preconiza as sociedades médicas brasileiras, que defendem uma periodicidade menor, a cada 12 meses, e que a mamografia seja feita a partir dos 40 anos. Para o Ministério da Saúde, porém, as mamografias só devem ser antecipadas, e se o médico achar necessário, quando houver histórico de câncer de mama em parentes de primeiro grau (mães e irmãs) antes dos 50 anos. (Correio Braziliense)
Fonte:Blog do Banana
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