Pesquisadores
da Embrapa Semiárido participaram em março, em Uganda, na África, de
treinamento sobre a quantificação de proteínas do “feijão caupi” e da
reunião de planejamento do projeto National Crops Resources Research
(NaCRRI). Essas foram as primeiras atividades do projeto desenvolvido em
parceria entre os dois países.
Todo o programa teve a apresentação do
chefe do programa de horticultura da NaCRRI, Sophy Musaama e o
pesquisador ugadês, Gabriel Ddamulira e o brasileiro, Carlos Antonio
Fernandes e Claudia Correa, da Embrapa Semiárido.
Os objetivos foram oferecer treinamento
na análise de proteínas por técnicos; discutir o plano de ação de
implementação do projeto para garantir boa execução das atividades do
projeto; fomentar a partilha de conhecimento sobre a reprodução do
feijão caupi na Uganda e no Brasil entre projetos co-líderes, técnicos e
a equipe de execução.
Segundo o pesquisador Carlos Antonio
Fernandes, da Embrapa Semiárido, há a necessidade de realizar a
quantificação de proteínas em Uganda e no Brasil para comparar os
resultados. No entanto, caso as amostras sejam analisadas em Uganda, é
preciso a manutenção das máquinas de destilação e digestor, bem como
compra de pequenos equipamentos e reagentes que não estão facilmente
disponíveis em Uganda.
Carlos Antônio apontou a pesquisa na
Embrapa tropical Semiárido e a reprodução do feijão caupi no Brasil,
centrada na reprodução do feijão nas regiões do semiárido brasileiro e
nas diferentes abordagens utilizadas na reprodução e variedades até
agora divulgados através de meios convencionais.
Claudio Correa, também pesquisador da
Embrapa, apresentou procedimentos de segurança laboratoriais na
quantificação das proteínas do feijão caupi. Ele destacou a necessidade
de entender os princípios, os materiais, os reagentes e os equipamentos
necessários antes de iniciar no experimento real.
“As apresentações foram altamente
interativas com perguntas dos participantes, o que criou uma aquisição
de informação e de conhecimento e uma oportunidade de compartilhar sobre
a reprodução do feijão caupi na Uganda e no Brasil”, disse Carlos
Antônio.
O programa teve alguns encaminhamentos
que orientarão a pesquisa a partir dessa união entre Uganda e Brasil,
como a importação de germoplasma brasileiro, delineamento experimental e
disposição, coleta e análise de dados, a quantificação de proteínas e
plano de trabalho. O desenvolvimento da pesquisa deve começar em
outubro.
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