terça-feira, 9 de dezembro de 2025

FOLHA SAÚDE - A nova era da Radiologia: como a inteligência artificial está transformando exames e diagnósticos

 

A IA amplia a capacidade de diagnóstico, mas é o radiologista quem conduz o processo. Com a parceria, a medicina se torna mais precisa e, acima de tudo, mais humana


                      Por Mirela Ávila*    

A inteligência artificial (IA) já está tão presente no nosso dia a dia que, muitas vezes, aparece de forma quase invisível. Na medicina, especialmente na radiologia, esse movimento vem ganhando força e transformando desde o momento da realização do exame até a emissão do laudo. Entretanto, a IA não funciona como um sistema que substitui o médico. Ela atua como uma camada extra de precisão e eficiência.

Hoje, a inteligência artificial já participa do processo antes mesmo de a imagem ser gerada. Equipamentos modernos de ressonância magnética contam com aceleradores inteligentes que reduzem o tempo do exame sem comprometer a qualidade das imagens. Para o paciente, isso significa maior conforto e menos necessidade de repetir sequências. Para a equipe, representa produtividade, padronização e imagens mais limpas para interpretação.

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No Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, a tecnologia de IA já faz parte da rotina na construção de laudos estruturadosNo Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, a tecnologia de IA já faz parte da rotina na construção de laudos estruturados | Foto: Dayvison Nunes/Divulgação



Durante o exame, algoritmos embarcados em aparelhos de ultrassonografia, mamógrafos e tomógrafos ajudam a ajustar automaticamente parâmetros técnicos, equilibrar contraste, reduzir ruído e realçar estruturas importantes. Esses recursos tornam o exame mais homogêneo e diminuem a dependência de variações de operador, o que reforça a segurança do diagnóstico.

Depois que as imagens são adquiridas, entra outro braço da inteligência artificial: sistemas capazes de destacar áreas suspeitas, organizar séries complexas, comparar exames atuais com anteriores e até sugerir medidas ou classificações. Em muitas situações, a IA funciona como um alerta para visualização de lesões sutis. E isso acelera a identificação de alterações que exigem atenção imediata e modifica completamente a jornada do paciente, agilizando o acesso ao tratamento.

No Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, essa tecnologia já faz parte da rotina. Utilizamos aceleradores de ressonância magnética, ajustes automáticos inteligentes nos ultrassons mais modernos, mamografia com detecção avançada e softwares que facilitam a construção de laudos estruturados. Esses laudos organizam as informações de forma clara, objetiva e padronizada, tornando o diagnóstico mais ágil e seguro para o paciente.

Para quem está do outro lado, esperando o resultado, o impacto é real: exames mais rápidos, imagens mais precisas, menos repetições e laudos mais completos. A tecnologia melhora a eficiência, mas não ocupa o lugar do médico.

E aqui está a parte mais importante deste debate. A inteligência artificial reconhece padrões. O radiologista reconhece histórias. É ele quem interpreta nuances, avalia o contexto clínico, entende fatores emocionais e define a melhor conduta. A tecnologia é uma grande aliada, mas não enxerga o paciente como um ser humano. Ela oferece dados; o médico oferece cuidado.

O futuro da radiologia será feito dessa união. A inteligência artificial amplia a nossa capacidade de diagnóstico, mas é o radiologista quem conduz o processo. Com essa parceria, entregamos uma medicina mais rápida, mais precisa e, acima de tudo, mais humana.

“A tecnologia é uma grande aliada, mas não enxerga o paciente como um ser humano. Ela oferece dados; o médico oferece cuidado.”, diz a médica radiologista e diretora médica do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila Mirela Ávila

* Médica radiologista e diretora médica do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila
 

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Carteira de motorista: novas regras passam a valer esta semana

 Medidas podem reduzir em até 80% custo total da CNH


                                  Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

arquivo/agênca brasil

As novas regras para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passam a valer esta semana, logo após a publicação da resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito que dispensou, por exemplo, as aulas de autoescola obrigatórias para poder obter o documento. 

O ministro dos Transportes, Renan Filho, confirmou à Agência Brasil que a resolução com novas regras será publicada nesta semana no Diário Oficial da União (DOU), com validade imediata. A expectativa é que a publicação ocorra nesta terça-feira (9), após cerimônia no Palácio no Planalto para lançar o novo aplicativo para celular CNH do Brasil. 

O aplicativo deve viabilizar a obtenção da CNH sem necessidade de passar por uma autoescola, disponibilizando o material para que os pretendentes a condutor estudem as regras de trânsito. Quem quiser ainda poderá fazer aulas teóricas e práticas em uma autoescola. 

Segundo o Ministério dos Transportes, as medidas podem reduzir em até 80% o custo total da CNH. 

Veja as principais mudanças: 

Abertura do processo

  • Poderá ser feita pelo site do Ministério dos Transportes ou pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).

Aulas teóricas

  • O Ministério dos Transportes irá disponibilizar todo o conteúdo teórico online gratuitamente. 
  • Quem preferir poderá estudar presencialmente em autoescolas ou instituições credenciadas.

Aulas práticas

  • A exigência de aulas práticas passará das atuais 20 horas-aula para duas horas. 
  • O candidato poderá escolher entre: autoescolas tradicionais, instrutores autônomos credenciados pelos Detrans ou preparações personalizadas. 
  • Será permitido uso de carro próprio para as aulas práticas

Provas

  • Mesmo sem a obrigatoriedade das aulas, o condutor ainda é obrigado a fazer as provas teórica e prática para obter a CNH. 
  • Outras etapas obrigatórias como coleta biométrica e exame médico devem ser feitas presencialmente no Detran. 

Instrutores

  • Os instrutores autônomos serão autorizados e fiscalizados pelos órgãos estaduais, com critérios padronizados nacionalmente.
  • A identificação e o controle serão integrados à Carteira Digital de Trânsito.



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Ato nacional Marcha no Recife pede o fim do feminicídio e violência contra a mulher

 

Ato mobilizou políticas e militantes para ocuparem área central da cidade


                        Por Anthony Santana

O combate ao feminicídio e à violência contra a mulher motivou a realização da Marcha das Mulheres, na tarde deste domingo (7), no Recife. O ato, que também foi realizado em outras capitais do país, reuniu vereadoras e deputadas estaduais e federais, além de participantes de movimentos feministas e pessoas solidárias à causa na rua da Aurora. 

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A deputada estadual Dani Portela (Psol) participou e discursou no ato defendendo ações preventivas coordenadas para reduzir a violência contra a mulher. Além disso, a parlamentar demandou uma destinação maior dos recursos para essa finalidade.

“Precisamos de medidas preventivas e para isso precisa de orçamento. Não se salva a vida das mulheres sem políticas transversais de saúde, educação, moradia, mas principalmente educação, geração de emprego e renda especificamente para mulheres em situação de vulnerabilidade e violência doméstica”, pontuou a deputada. 

A vereadora do Recife Kari Santos (PT), que também participou do ato, explicou que a mobilização, além de chamar a atenção para os números alarmantes de violência contra mulheres, reafirma o espaço das mulheres na sociedade.

"A gente é vítima da violência política de gênero, a gente é vítima da misoginia, do feminicídio. São os nossos corpos que são violentados, que são abusados, que são mortos e que chegou o momento da gente ocupar o espaço que é nosso. Hoje é o momento de luta, de reivindicação e que a gente está aqui para dizer basta ao feminismo", comentou.

 

 

A militante do instituto feminista SOS Corpo Carmem Silva criticou a baixa efetividade das leis de proteção à mulher já existentes e pediu por um maior compromisso dos governantes em cumpri-las. Ela acredita que só a mobilização das mulheres poderá mudar a realidade do alto número de agressões.

“Só tem um jeito para isso, que é a nossa mobilização, é a nossa força feminista na rua, resistindo e exigindo nossos direitos. Queremos todas as alianças possíveis, alianças que reconheçam que a luta das mulheres, a  luta feminista vai até o dia em que destruir esse sistema patriarcal e racista que nos mata e que nos mata com crueldade”, enfatizou Carmem.

Já a técnica de enfermagem Dalva Martins, de 46 anos, avaliou que a educação e uma maior punição para quem comete crimes contra a mulher é uma das saídas para mudar a realidade de feminicídios no país. De acordo com ela, o machismo ainda é o grande fator motivador para esses crimes.

“Então, a gente tem que se unir e estar aqui para os governos nos enxergar e com isso acabar. Basta de violência. Os homens machistas têm que entender que a gente é livre e pode ser o que a gente quiser, onde a gente quiser e como a gente quiser. E isso é muito importante que eles reconheçam”, declarou Dalva.

Já a técnica de enfermagem Dalva Martins, de 46 anos, avaliou que a educação e uma maior punição para quem comete crimes contra a mulher é uma das saídas para mudar a realidade de feminicídios no país. De acordo com ela, o machismo ainda é o grande fator motivador para esses crimes.

“Então, a gente tem que se unir e estar aqui para os governos nos enxergar e com isso acabar. Basta de violência. Os homens machistas têm que entender que a gente é livre e pode ser o que a gente quiser, onde a gente quiser e como a gente quiser. E isso é muito importante que eles reconheçam”, declarou Dalva.


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Brasil é campeão mundial de Futsal Feminino

 Seleção faz 3 a 0 em Portugal na decisão e fatura taça

                                    por: Juliano Justo/agência brasil

 Fabio Souza/CBF/Direitos Reservados

O Brasil é campeão mundial de futsal feminino. Na manhã deste domingo (7), a seleção bateu Portugal por 3 a 0 e ficou com o título em Manila, nas Filipinas. A equipe fechou essa, que foi primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal organizada pela Fifa, com 100% de aproveitamento.

O primeiro gol da decisão foi de Emilly Marcondes. Ela recebeu o passe de Ana Luiza e bateu firme para abrir o placar. O gol levou a brasileira à liderança da artilharia geral, com 7 gols, ao lado da espanhola Irene Córdoba e da portuguesa Lídia Moreira. A Chuteira de Ouro ficou com a brasileira no desempate (a quantidade de assistências). Emilly também recebeu o prêmio de melhor jogadora da competição. Logo no começo da etapa final,

Amandinha, que já foi a melhor do mundo por oito vezes, aproveitou o rebote da goleira e ampliou. Débora Vanin aproveitou erro das adversárias e definiu o jogo.


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domingo, 7 de dezembro de 2025

Copa do Mundo 2026: confira todos os grupos da competição

 Torneio terá início no dia 11 de junho do próximo ano

                                         pOR: Agência Brasil

 REUTERS/Denis Balibouse/Proibida reprodução


A Copa do Mundo de 2026 será disputada nos Estados Unidos, no México e no Canadá, entre os dias 11 de junho e 19 de julho do próximo ano.

Na tarde desta sexta-feira (5), foram definidas as chaves e os grupos da maior competição de futebol mundial por meio de sorteio realizado no Kennedy Center, em Washington (Estados Unidos).

A Copa do Mundo de 2026 reunirá 48 seleções que disputarão 104 jogos.

A estreia da seleção brasileira - que ficou na chave C, ao lado do Marrocos, Escócia e Haiti - será no dia 13 de junho.

Já o jogo de abertura, entre México e África do Sul, está marcado para o dia 11 de junho de 2026, no Estádio Azteca, na Cidade do México (México). A grande decisão está programada para o dia 19 de julho de 2026, no MetLife Stadium, em Nova Jersey (Estados Unidos).

Confira, abaixo, os grupos da competição:

Grupo A: México, África do Sul, Coreia do Sul e Repescagem da Europa D (República Tcheca, Irlanda, Dinamarca ou Macedônia do Norte)
Grupo B: Canadá, Repescagem da Europa A (Itália, Irlanda do Norte, País de Gales ou Bósnia), Catar e Suíça
Grupo C: Brasil, Marrocos, Haiti e Escócia
Grupo D: Estados Unidos, Paraguai, Austrália e Repescagem da Europa C (Turquia, Romênia, Eslováquia ou Kosovo)
Grupo E: Alemanha, Curaçao, Costa do Marfim e Equador
Grupo F: Holanda, Japão, repescagem da Europa B (Ucrânia, Suécia, Polônia ou Albânia) e Tunísia
Grupo G: Bélgica, Egito, Irã e Nova Zelândia
Grupo H: Espanha, Cabo Verde, Arábia Saudita e Uruguai
Grupo I: França, Senegal, Repescagem Intercontinental 2 (Bolívia, Suriname ou Iraque) e Noruega
Grupo J: Argentina, Argélia, Áustria e Jordânia
Grupo K: Portugal, Repescagem Intercontinental 1 (RD Congo, Jamaica ou Nova Caledônia) Uzbequistão e Colômbia
Grupo L: Inglaterra, Croácia, Gana e Panamá. 


quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Governo envia 20 peritos da PF para reforçar perícia no Rio

É a primeira ação do escritório emergencial de combate ao crime

Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil

Polícia Federal/divulgação


Vinte peritos criminais da Polícia Federal vão reforçar os trabalhos de segurança pública no Rio de Janeiro, conforme comunicou, nesta quinta-feira (30), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.

O ministro informou que o envio dos peritos é o primeiro resultado do escritório emergencial de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, anunciado, na quarta-feira (29), no Palácio Guanabara. A medida ocorreu depois da Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou, ao menos, 121 mortos.

Segundo o governo federal, os peritos vão trabalhar em análise dos locais de crimes, balística, genética forense para identificação de DNA, medicina legal, exames de balística, necrópsia e identificação de corpos.

Além deles, o governo divulgou que vai mobilizar também de 10 a 20 peritos da Força Nacional de Segurança Pública para atuar no estado.

De acordo com Lewandowski, o efetivo de peritos pode ser aumentado de acordo com a necessidade. 

“Nós tivemos a ideia de criar esse escritório extraordinário de enfrentamento ao crime organizado para agilizar a comunicação entre as forças federais e estaduais de segurança”, afirmou o ministro. 

O escritório integrado tem a finalidade de, segundo o ministro, ser um fórum onde as forças vão conversar entre si para tomar decisões rapidamente até que a crise seja superada.

“Este é o embrião daquilo que nós queremos criar com a PEC da Segurança Pública que está sendo discutida no Congresso Nacional”.

*Com informações do Ministério da Justiça e da Segurança Pública


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Indústrias pedem taxação de bets para financiar saúde e educação

 Reivindicação é de que seja cobrado 15% do valor apostado

                     Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil

CNI/Divulgação



Um manifesto do Fórum Nacional da Indústria (FNI) pede que o governo crie um imposto para as chamadas bets como forma de equiparar a tributação entre apostas online e outros segmentos da economia. A reivindicação é de que se cobre, por meio do CIDE-Bets, 15% do valor apostado.

Coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o movimento argumenta que esse jogo de azar é a causa de problemas de saúde e pode consumir grande parte da renda de famílias, "que antes ia para a poupança, lazer e alimentação". Segundo o manifesto, os gastos das famílias com apostas reduzem o consumo em setores produtivos. 

A proposta do setor produtivo é que os recursos dessa contribuição financiem iniciativas em saúde e educação. A regulamentação do setor de apostas foi oficializada em janeiro deste ano. 

"O Brasil precisa de instrumentos mais efetivos para conter os impactos causados pelo crescimento excessivo das apostas. Assim como é urgente corrigir o tratamento desigual em relação ao setor produtivo - o verdadeiro responsável por criar empregos, impulsionar a renda, fomentar a inovação e sustentar a competitividade da economia", escrevem as organizações signatárias. 

Entidades de diversos setores assinam o manifesto como a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), a Bioenergia Brasil e a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Em outros trechos, fazem referência a diagnósticos já realizados sobre o setor de apostas. 

Levantamento do Instituto Locomotiva, de meados de junho, mostrou que seis em cada dez apostadores usaram plataformas irregulares este ano. 

A legislação vigente permite que apenas operadores licenciados atuem no país e prevê, entre outros respaldos, mecanismos de proteção ao apostador. A parcela de pessoas que admitiram ter feito apostas em bets irregulares este ano foi de 61% e a pesquisa evidenciou que as pessoas com renda mais baixa e menor escolaridade são mais suscetíveis a prejuízos, por desconhecer seus direitos nessas plataformas.

"Se aprovada este ano, a CIDE-Bets entraria em vigor em 2026, com potencial de reduzir em 22,5% os gastos efetivos com apostas virtuais e prover aos cofres públicos uma arrecadação adicional de R$ 8,5 bilhões", estimam, segundo o documento.

No início do mês, a Câmara dos Deputados retirou de pauta a Medida Provisória 1.303, enviada pelo governo federal, que pretendia elevar tributos sobre investimentos financeiros, bets fintechs e trazia medidas de corte de gastos para compensar a desidratação parcial do decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as medidas de revisão de gastos públicos previstas na MP serão incorporadas a um novo projeto de lei


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Deputados pedem investigação federal sobre megaoperação no Rio

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro também pede federalização

                Tâmara Freire - Repórter da Agência Brasil

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil



A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados vai pedir que uma investigação federal seja aberta para apurar as circunstâncias da megaoperação policial que deixou ao menos 121 mortos no Rio de Janeiro. De acordo com o presidente da Comissão, Reimont (PT-RJ), uma perícia independente, que não esteja ligada ao governo estadual, é necessária para que haja mais transparência. 

“Nós estamos diante de um crime de Estado. Quem matou esses jovens foi o Estado, independente se eles são comprometidos com a criminalidade ou não, eles são seres humanos e no Brasil não há pena de morte. Então, o Estado não pode ter todo o processo e fazer todas as averiguações. Nós vamos pedir uma perícia federal”, afirmou. 

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que também é membro da comissão, também defendeu a federalização das investigações. 

“Foi uma operação desastrosa, que infelizmente parece ter um cunho político muito forte, e agora a nossa obrigação, na Comissão de Direitos Humanos, é garantir que seja jogado luz em todas essas investigações. Por mais que eu respeite a nossa Polícia Civil, nesse momento nós vamos precisar de uma perícia independente. Acho que a Polícia Federal deve entrar nesse processo, como uma polícia independente”, defendeu. 

Um pedido semelhante também foi feito pela Comissão Especial de Favelas e Periferias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A presidente da Comissão, Renata Souza (PSOL) protocolou uma representação com pedido de deslocamento de competência à Procuradoria-Geral da República. 

Além de pedir a federalização das investigações e do processamento judicial relativos à Operação Contenção, o documento também demanda que a PGR determine a preservação de todos os vestígios periciais e registros audiovisuais.

“O que presenciamos no dia 28 de outubro não foi uma operação de segurança pública, mas sim um massacre, uma chacina, que violou, de forma brutal, os direitos mais fundamentais da população favelada. A resposta das autoridades estaduais, tanto na condução da operação quanto nas declarações posteriores, é inaceitável e demonstra a urgente necessidade de uma intervenção externa e imparcial. A vida das pessoas, a integridade da prova e a credibilidade das instituições estão em jogo”, declarou a deputada. 


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Governo Lula lança vídeo contra operação no Rio e defende inteligência no combate ao crime

 

Campanha nas redes critica ação com 121 mortes e afirma que é preciso “mirar na cabeça, mas não de pessoas”, defendendo a PEC da Segurança


Corpos espalhados pelas ruas de comunidade do Rio após chacina policial deixar ao menos 119 mortos - 29/10/2025 (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Após anunciar, nesta quarta-feira (29), uma parceria com o governo do Rio de Janeiro para instalar um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado, o governo federal divulgou um vídeo nas redes sociais criticando a Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha. 

A operação, que ocorreu na terça-feira (28), deixou 121 mortos, sendo considerada a ação policial mais letal da história do país, segundo a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. Entre as vítimas, estão quatro policiais.

“Mais inteligência e menos sangue”

O vídeo, intitulado “Explicando a operação policial no Rio de Janeiro com… inteligência”, reconhece o medo da população diante do crime organizado, mas argumenta que matar criminosos não resolve o problema. Em tom pedagógico, o governo afirma que o crime “destrói famílias, oprime moradores e espalha drogas e violências nas cidades”, mas ressalta que “matar 120 pessoas não adianta nada. Mesmo se forem todos bandidos, amanhã tem outros 120 fazendo o trabalho”.

Com tom irônico, o vídeo acrescenta que é preciso “mirar na cabeça, mas não de pessoas”, explicando que o combate eficaz deve atacar “o cérebro e o coração” das organizações criminosas. Como exemplo, menciona uma operação do Ministério Público e da Receita Federal, realizada em agosto, contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis e no mercado financeiro.

“Combate ao crime, para funcionar, precisa de mais inteligência e menos sangue”, conclui o vídeo. - 247.

“Brasil vai ser o campeão de transição energética”, afirma Lula

 

O Programa Mover prevê a alocação de R$ 19 bilhões até 2028 e atualmente conta com 231 empresas habilitadas



Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a vocação brasileira em liderar pelo exemplo a transição energética e reafirmou a qualidade dos biocombustíveis nacionais, durante encontro nesta quinta-feira (30), com o CEO da Be8, Erasmo Carlos Battistella, e o presidente da Mercedes-Benz do Brasil & CEO América Latina, Denis Güven. O Programa Mover prevê a alocação de R$ 19 bilhões até 2028 e atualmente conta com 231 empresas habilitadas.

“Basta ter vontade política e basta ter coragem de fazer. O Brasil vai ser o campeão de transição energética”, afirmou. A reunião com os executivos debateu a iniciativa “Rota Sustentável COP30: do sul ao norte com energia renovável”, e a agenda de descarbonização e transição energética promovida pelo Governo do Brasil e apoiada conjuntamente pelas duas empresas.

O Brasil responde por cerca de 25% da produção mundial de biocombustíveis e opera com mistura B15 (15% de biodiesel no diesel fóssil) em escala nacional. A capacidade instalada das usinas permite atingir rapidamente B22, o que representaria uma economia de US$ 150 milhões por ano em importação de diesel fóssil.

Atualmente, o setor emprega 2,4 milhões de pessoas, movimenta R$ 9 bilhões anuais em matérias-primas da agricultura familiar e já evitou a emissão de 127 milhões de toneladas de CO₂eq, o equivalente ao plantio de 930 milhões de árvores. Cada R$ 1 investido em biodiesel gera R$ 4,40 na economia, fortalecendo a cadeia produtiva e promovendo desenvolvimento regional sustentável.

Como parte da iniciativa Rota Sustentável COP30, as empresas demonstraram a contribuição do biocombustível Be8 BeVant na redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE), deslocando dois caminhões e dois ônibus fabricados pela Mercedes-Benz para percorrerem cerca de 4 mil km entre Passo Fundo (RS) e Belém (PA), cidade-sede da COP30. Nesta quinta, os veículos foram expostos no estacionamento ao lado do Anexo do Palácio do Planalto, para visitação do público.

Lula recebeu uma amostra do combustível Be8 BeVant, produto nacional que reduz em até 99% as emissões de GEE liberadas durante o uso do combustível pelo veículo. O presidente afirmou, durante o encontro com os executivos, que o objetivo do Brasil é parar as emissões de CO2. “Com a inteligência humana do Brasil, com engenheiros brasileiros, com engenheiras brasileiras, a gente consegue mostrar ao mundo que a transição energética que o mundo sonha não é tão difícil”, assegurou.

“Não tenho dúvida que, depois que nós aprovamos o Combustível do Futuro, toda a nossa matriz energética vai mudar. A gente vai continuar utilizando o petróleo, enquanto for necessário, mas é importante que a nossa empresa, a Petrobras, é mais do que uma empresa de petróleo e vai se transformar com o tempo em uma empresa de energia. E o sucesso será total e absoluto”, completou o presidente Lula.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abordou o leque de oportunidades propiciadas pela aprovação da Lei do Combustível do Futuro. “Os biocombustíveis representam o equilíbrio da balança comercial do agronegócio brasileiro, produzido através da soja, do milho, do etanol, do milho, que protagoniza o etanol no Brasil, e isso é muito importante para o equilíbrio da balança comercial brasileira. Mas, principalmente, a oportunidade que a gente vê a liderança do presidente Lula em mostrar para o mundo o potencial que o Brasil tem para descarbonizar o planeta”, frisou.

Participaram ainda da reunião o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; o secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Renato Dutra; o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Mercedes-Benz, Luiz Carlos Gomes de Moraes; e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.

Caravana

A caravana da Rota Sustentável COP30 iniciou o trajeto no dia 21 de outubro em Passo Fundo, integrou a programação de evento em São Bernardo do Campo (SP), em 23 de outubro, e nesta quinta (30) participam do ato oficial na capital federal, antes de começar o trajeto rumo a Santo Antônio do Tauá (PA), com previsão de chegada em 5 de novembro.

Durante o percurso, um caminhão e um ônibus estarão abastecidos com o Be8 BeVant e os outros dois com o Diesel B15 (com apenas 15% biodiesel) para que o resultado das emissões seja comparado.

Durante o trajeto entre Passo Fundo e Belém, os veículos percorrem o país abastecidos com diferentes proporções de biodiesel, até chegarem ao local da conferência.

O Instituto Mauá de Tecnologia será o responsável por auditar as emissões e conferir rastreabilidade e credibilidade aos dados de consumo dos veículos envolvidos na Rota Sustentável COP30 para que os resultados sejam apresentados na COP30.

Já em São Bernardo do Campo, um dos pontos de parada da caravana, os resultados parciais demonstraram redução de 99% no ciclo tanque à roda e de 65% do poço à roda – que engloba as emissões totais da produção, transporte e uso efetivo do combustível.

Biodiesel

O CEO da Be8, Erasmo Carlos Battistella, destacou que há diversas iniciativas em andamento que promovem o uso do biodiesel, em uma variedade de setores, para ampliar o processo de descarbonização defendido pelo Brasil. “Cidades já utilizam o Be8 como teste para a descarbonização no transporte público”, afirmou.

“Cito como exemplo Porto Alegre, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, que têm hoje uma nova oportunidade de continuar utilizando os ônibus com a motor a combustão que são produzidos no Brasil, com a indústria brasileira gerando emprego, e movidos a um biocombustível brasileiro que é verde por natureza e efetivamente entrega toda a grande descarbonização que estamos comprovando com essa grande rota com a Mercedes-Benz”.

Relações aprofundadas

Em 2006, o presidente Lula participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da empresa, em Passo Fundo (RS). Já o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia de anúncio da primeira usina de etanol em grande escala do Rio Grande do Sul, em 2023.

Além disso, durante a sanção presidencial do Projeto de Lei (PL) do Combustível do Futuro, em 2024, a Be8 anunciou investimentos de R$ 400 milhões para a instalação de uma planta de biodiesel de soja em Uberaba (MG).

Alckmin definiu a reunião com executivos como um bom exemplo da política Nova Indústria Brasil (NIB): “Inovadora, competitiva e sustentável.”

Combustível do futuro

A Lei do Combustível do Futuro promove a mobilidade sustentável de baixo carbono no Brasil e estabelece um conjunto de medidas para incentivar a transição energética, incluindo programas para incentivar o diesel verde (HVO), o biocombustível de aviação (SAF), o biometano e a captura e armazenamento de carbono. A medida também altera os percentuais mínimos e máximos de mistura do etanol na gasolina e do biodiesel no diesel. - 247.



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