quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Internações por armas de fogo já custaram R$ 4,2 milhões ao ano ao sistema de saúde pública no Rio

Somente em 2022 foram registradas 1.468 internações, totalizando cerca de R$ 3,9 milhões em gastos do gênero pelo SUS

Arma em fábrica de armamentos em São Leopoldo (Foto: REUTERS/Diego Vara)


Dados da segunda edição do estudo "Custos da Violência Armada no Sistema Público de Saúde," conduzido pelo Instituto Sou da Paz, revela o impacto econômico e social da violência armada no Rio de Janeiro. Os homens representam a maioria das internaçoe sresultantes de ferimentos por armas de fogo (92%), sendo que 72% são negros. De acordo com o jornal O Globo,o levantamento ressalta que os custos para o Sistema Único de Saúde (SUS) carioca ultrapassaram R$ 4,2 milhões em 2018.

Entre 2012 e 2022, o Rio registrou 36.299 óbitos provocados por armas de fogo. Em 2022, 78% dos internados por tiro no Estado do Rio vieram a óbito e o atendimento aos feridos custou, em média, R$ 2.675,29 por internação ao SUS. Ao longo de todo o ano passado foram registradas 1.468 internações, totalizando cerca de R$ 3,9 milhões em gastos do gênero.

“Os números demonstram ainda que as internações causadas por arma de fogo custam 3,2 vezes mais do que o gasto federal na saúde per capita — indicador que ajuda a medir o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região—; já as internações de alta gravidade por lesão de tiros custam 5,2 vezes mais do que o gasto federal na saúde”, ressalta a reportagem.

Ainda conforme o estudo, cerca de 77,6% das internações decorrentes de ferimentos por arma de fogo em 2022 foram causadas de maneira intencional; 17,7% de maneira acidental; e 3,9% por intenções indeterminadas. Entre crianças e adolescentes, 82,6% das internações foram feitas por agressão em meio a tiro e 14,7% por acidentes.

Os jovens e adultos com idades entre entre 20 e 29 anos são as principais vítimas de ferimento a bala (41,5%) no Rio de Janeiro. Em seguida estão os adultos entre 30 e 59 anos (37%), crianças e adolescentes (18,9%) e idosos com 60 anos ou mais (2,7%). - 247.


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