segunda-feira, 1 de junho de 2020

Moro diz que Bolsonaro queria rebelião armada contra medidas sanitárias

Ex-ministro rebateu acusações do presidente Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Sergio Moro
Jair Bolsonaro e Sergio Moro

 Fotp: Pedro Ladeira/Folhapress

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro rebateu as acusações do presidente Jair Bolsonaro, feitas nesta segunda-feira (1). O chefe do Executivo chamou o ex-juiz Federal de “covarde” ao acusá-lo de dificultar a posse e o porte de armas no Brasil.
Conforme Moro, a flexibilização é medida que pode ser legitimamente discutida, “mas não se pode pretender, como desejava o presidente, que sejam utilizadas para promover espécie de rebelião armada contra medidas sanitárias impostas por governadores e prefeitos”.
"A portaria apenas esclarecia a legislação e deixava muito clara que a prisão era medida excepcional e dirigida principalmente aquele que, ciente de estar infectado, não cumpria o isolamento ou quarentena. (...) Acredito em construir políticas públicas mediante diálogo e cooperação, como deve ser, de nada adiantando ofensas ou bravatas", afirmou Moro na rede social.
Durante rápido encontro com apoiadores no Alvorada, Jair Bolsonaro disse que o ex-ministro tentou criar dificuldades para flexibilização de leis sobre porte e posse de armas. "Para vocês entenderem quem estava do meu lado, essa IN (Instrução Normativa) 131 é da PF, mas por determinação do Moro. Ignorou decretos meus para dificultar a posse de arma de fogo para as pessoas de bem", disse o presidente. "Assim como essa IN, tem uma portaria também que o ministro novo revogou que, apesar de ter força de lei, ela orientava a prisão de civis", disse Bolsonaro.
"Por isso que naquela reunião secreta o Moro ficou calado de forma covarde. E ele queria ainda uma portaria depois que multasse quem estivesse na rua... Perfeitamente alinhado com outra ideologia que não a nossa. Graças a Deus ficamos livres dele", completou. 


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