"O que não pode é milhares de robôs criando uma narrativa com pessoas estimulando ódio às instituições do Brasil", criticou o presidente da Câmara

Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia, concede entrevista coletiva sobre a atividade legislativa durante a crise causada pelo coronavírus
(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu nesta
segunda-feira, 1, o inquérito do Supremo Tribunal Federal que
apura disseminação de fake news contra e ameaças aos membros da Corte.
"A maioria
absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver
movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas
porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa", afirmou Maia
durante entrevista para o UOL.
"Aquilo que
tem de ameaça, eu acho que a Justiça tem que, respeitados os limites da lei,
tomar decisões e decisões duras em relação às ameaças que se fazem aos
ministros do STF. Quando é uma crítica, isso é da democracia e da liberdade de
expressão. Mas notícias falsas, ameaças... Por que se fazem ameaças? Porque se
quer impedir que o outro cumpra suas funções constitucionais. Não quer que o
ministro continue investigando as questões das fake news. Ir até a casa dele,
agredi-lo, isso tudo passa do limite. O que não pode é milhares de robôs
criando uma narrativa com pessoas estimulando ódio às instituições do
Brasil", acrescentou Maia.
O presidente da
Câmara também cobrou que Jair Bolsonaro respeite as instituições da
democracia. "Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que
atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós acompanhando movimentos como
esse do último domingo que são inaceitáveis. É inaceitável que faça uma
mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições
democráticas", criticou. (247)
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