sábado, 23 de maio de 2020

Bolsonaro volta a defender cloroquina e diz que soldados já se curaram com "água de coco na veia"

Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 13/05/2020
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 13/05/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Sputnik – O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso cloroquina neste sábado (23) e afirmou, na entrada do Palácio da Alvorada, que ou "você toma" a substância "ou não tem nada". 
"Até porque não tem outro remédio. É o que tem. Ou você toma cloroquina ou não tem nada. O que eu fico chateado também é que quem não quer tomar, não toma", disse na porta do Palácio da Alvorada, onde parou para conversar com apoiadores, segundo publicado pelo jornal Estadão. 
No local, havia um grupo de pessoas que carregava uma faixa enaltecendo o medicamente: "Graças a Deus fomos curados da COVID usando a cloroquina. Fechados com Bolsonaro". 
O chefe de Estado também voltou a citar uma suposta história da Segunda Guerra, quando soldados feridos teriam recebido água de coco na veia devido à falta de sangue. 
"Então, o cara pegou água de coco e meteu na veia dele. E deu certo. Se fosse esperar um protocolo, uma comprovação científica, iam morrer milhares", afirmou.
Governo liberou substância
Na última quarta-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou protocolo liberando o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves da COVID-19, 
A utilização das substâncias vinha sendo defendida desde o início da epidemia por Bolsonaro, apesar da resistência dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. 
O uso da substância não tem eficácia comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus. O Conselho Federal de Medicinal, embora tenha liberado a cloroquina no tratamento da COVID-19, não recomenda sua utilização. A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda o uso do medicamento apenas em casos estritamente controlados.
Pesquisa realizada com 96 mil pacientes sobre o uso da cloroquina para tratamento do coronavírus, publicada na sexta-feira (22) na revista The Lancet, indicou que seu uso não apresenta benefícios no combate à COVID-19. Além disso, o estudo mostrou que a substância pode provocar arritmia cardíaca durante hospitalização.

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